Renildo: “golpe de 64 manchou a história nacional com opressão e mortes”

Deputado Renildo Calheiros (PE), líder do PCdoB na Câmara. Foto: Pablo Valadares - Câmara dos Deputados

O líder do PCdoB na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PE), repudiou o golpe de 64, que completa 57 anos nesta semana.

O parlamentar lembrou que o movimento derrubou o governo legítimo do presidente João Goulart e mergulhou o país em uma ditadura sanguinária e cruel.

“Essa tragédia manchou a história nacional com perseguições, mortes e sepultamento de liberdades”, ressaltou.

Em discurso na tribuna, Renildo Calheiros observou que a data do golpe que implantou 21 anos de ditadura contra o povo brasileiro ocorre em meio a uma crise inédita para as instituições do país. Na véspera, houve o desembarque do então ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva e dos comandantes militares do governo, por rejeitarem transformar as Forças Armadas em milícias de Bolsonaro.

O deputado reiterou que, devido aos rompantes autoritários recorrentes no atual governo, “tornou-se ainda mais imprescindível reforçar a luta pela democracia”. “Essa pauta entrou no centro da política nacional em razão da postura cada vez mais autoritária de Jair Bolsonaro”, disse.

“Pelo terceiro ano consecutivo, o governo Bolsonaro celebra o golpe de 64, como se fosse um movimento legítimo. Não foi. Foi um golpe militar. Legítimo era o governo do presidente João Goulart”, assinalou.

O líder do PCdoB alertou que o momento atual é gravíssimo e exige a mobilização permanente do Legislativo para cumprir seu papel de defesa da Constituição, do regime democrático, das instituições, da liberdade de opinião e dos direitos básicos do povo brasileiro.

“É inaceitável que o presidente da República instigue militantes a defender o fechamento do Supremo Tribunal Federal. É intolerável que se tente subordinar o Congresso Nacional e politizar as Forças Armadas. O ódio aos governadores por adotarem medidas de combate à pandemia também é absurdo em meio a quase 320 mil mortes por coronavírus. Estamos no limiar da fronteira do que é compatível com a democracia”, enfatizou Calheiros. “Não aceitaremos retrocessos. Não daremos espaço para aventuras golpistas”., sentenciou.

“Nós, do PCdoB, sempre destacamos o 31 de março para que essa data nunca seja esquecida. Sofremos na pele a opressão do Estado. Homenageamos todos os brasileiros que sacrificaram a vida para forjar o atual estado democrático de direito”, afirmou.

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