A violenta repressão promovida pelo presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, e por Rosario Murillo, sua vice-presidente e esposa, vem ampliando dia-a-dia o número de mortos, feridos, presos e desaparecidos, alertam diferentes organizações de direitos humanos.
Conforme os últimos números levantados, são pelo menos 212 mortos e mais de 1.500 feridos, entre centenas de presos e desaparecidos por repudiarem a política neoliberal.
Desde a segunda semana de abril, tem crescido os protestos contra a dupla pelo anúncio de corte no orçamento da educação e rebaixamento do salário dos professores e das aposentadorias, com os manifestantes denunciando que o aumento da repressão aos inocentes foi transformada em banho de sangue.
Na última sexta-feira as balas orteguistas atacaram as proximidades da Universidade Nacional Autônoma da Nicarágua, cercada por policiais e paramilitares. “Isto é indescritível. Nós reivindicamos que pare a repressão. O presidente Daniel Ortega tem em suas mãos a possibilidade de parar isso. Em primeiro lugar, ordenando o fim da repressão e, em segundo lugar, renunciando ao cargo, porque as pessoas não vão se render”, declarou Vilma Núñez, presidenta do Centro Nicaragüense de Direitos Humanos.