Reprovação do governo Bolsonaro cresce e atinge 43%, diz Datafolha

Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá - AFP

Só 13% acham que o chefe do Executivo se comporta sempre como um presidente. Jovens, mulheres e idosos são os mais insatisfeitos

A reprovação ao governo Jair Bolsonaro subiu de 38% para 43% desde o final de abril, índice mais alto desde o início de seu governo, diz a pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (28).

A taxa dos que a avaliam o governo como regular passou de 26% para 22% nesse período, mostrando uma migração para uma insatisfação maior entre aqueles que consideravam o governo como regular. A aprovação da gestão atual ficou estável em 33%. Há ainda 2% que preferiram não opinar, ante 3% na pesquisa anterior.

Reprodução da Folha de S. Paulo

Segundo a pesquisa, que foi feita por telefone em 25 e 26 de maio, o governo Bolsonaro é mais reprovado, proporcionalmente, entre mulheres (46%) do que homens (41%). Entre os jovens de 16 a 24 anos, 49% reprovam a gestão atual, índice que cai para 40% na faixa intermediária, de 35 a 44 anos, e fica em 43% entre os mais velhos, com 60 anos ou mais.

Nessa parcela dos mais velhos a reprovação ao governo subiu 11 pontos desde o último levantamento, de 32% para 43%. No segmento de 16 a 24 anos a alta foi de oito pontos (de 41% para 49%), e nas demais variou de dois a três pontos percentuais.

A mulheres reprovam mais do que os homens o governo Bolsonaro. 46% das mulheres acham o governo ruim ou péssimo. Entre homens, 41% rejeitam a atuação do governo. Entre os jovens de 16 a 24 anos, 49% reprovam a gestão atual, índice que cai para 40% na faixa intermediária, de 35 a 44 anos, e fica em 43% entre os mais velhos, com 60 anos ou mais.

Entre os brasileiros com menor grau de escolaridade, 36% consideram o governo Bolsonaro ruim ou péssimo, reprovação que sobe para 43% entre quem tem escolaridade média, e é majoritária (56%) entre quem estudou até o ensino superior.

Na comparação com abril, a reprovação entre os menos escolarizados oscilou um ponto (de 35% para 36%); na faixa de escolaridade média, a alta foi de sete pontos (de 36% para 43%); entre quem tem escolaridade superior, o crescimento foi de nove pontos (de 47% para 56%).

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No Nordeste, 48% reprovam o governo, ante 45% no Sudeste, 39% no Sul e 38% no conjunto das regiões Norte e Centro-Oeste. Também há diferença entre as taxas de reprovação registrada em cidades de regiões metropolitanas, incluindo capitais (49%), e cidades do interior (40%).

Na parcela da população que viu pelo menos um trecho do vídeo da reunião entre Bolsonaro e seus ministros, divulgado na semana passada após decisão de um ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), 53% reprovam o governo Bolsonaro, e 31% aprovam. Entre quem não assistiu, esses índices ficam em 32% e 35%, respectivamente.

Leia a pesquisa na íntegra aqui

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