O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta segunda-feira (13), que o isolamento social por conta do novo coronavírus no estado de São Paulo cresceu de 47% para 59% entre a última quinta-feira, 9, e esta manhã.
Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI-SP), que começou a fazer o monitoramento na última semana.
Na avaliação do governo, para que o sistema de saúde dê conta de atender os pacientes que serão infectados pela covid-19, é preciso que 70% da população fique em casa.
“Quanto melhor e maior for o isolamento, mais rapidamente sairemos dessa crise e voltaremos ao normal”, informou Doria em entrevista coletiva.
O governador defendeu a quarentena e mais uma vez criticou a postura de Bolsonaro. “Não estou preocupado com ataques de pessoas que tem um sentido e um espírito político. A eles, o meu distanciamento. Prefiro ficar com a medicina a saúde. Os médicos indicam que o procedimento correto é o isolamento social”.
A central de inteligência foi viabilizada por meio de um acordo com as operadoras de telefonia Vivo, Claro, Oi e TIM, que autorizaram os Estados a consultar informações agregadas sobre deslocamento nos 645 municípios paulistas.
O governo de SP informou que o sistema indica tendências de deslocamento e portanto mostra o nível de aderência das medidas de isolamento social.
Para reforçar a adesão da população, 200 agentes da vigilância sanitária do estado junto da Polícia Militar passarão a fazer uma orientação educativa sobre a doença e a importância da quarentena em estabelecimentos comerciais não essenciais que continuam abertos.
O governo também apresentou uma nova campanha, que será veiculada a partir de hoje em televisão, rádio e internet, com a mensagem de que “ficar em casa é uma prova de amor”.
Contratação na área da saúde
Doria determinou a contratação de 1185 profissionais de saúde para atuarem nos 645 municípios do estado.
Segundo ele, 260 profissionais serão convocados de concursos públicos anteriores e começam a trabalhar no dia 22 de abril, e 925 contratações serão feitas pelo período de 12 meses, com início das atividades no dia 1° de maio.
Ainda de acordo com o governo, serão 245 médicos, 630 técnicos de enfermagem, 20 técnicos de saúde para assistência social e 30 oficiais de saúde.
As inscrições vão de 15 a 22 de abril.
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