O total de depósitos na caderneta de poupança no mês de outubro foi de R$ 173,1 bilhões, enquanto as retiradas somaram R$ 175,1 bilhões, conforme o Banco Central. No acumulado do ano, o saldo também está negativo, com os saques superando os depósitos em R$ 6,164 bilhões, mantendo o movimento de baixa observado nos anos anteriores.
Em 2015, as retiradas da poupança foram R$ 53,5 bilhões a mais do que os depósitos, a maior da história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões.
A manutenção do elevado número de desempregados, a queda na renda e o aumento do endividamento das famílias, até mesmo o fluxo de caixa minguada das micro e pequenas empresas, cujos sócios frequentemente se utilizam da poupança para suas reservas, estão entre os fatores que levam os correntistas não só diminuírem ou deixarem de depositar, como também a aumentar suas retiradas da caderneta.
Como os recursos da poupança é que dão lastro ao crédito imobiliário, esses resultados repercutem sobre os empréstimos daqueles que desejam comprar a casa própria, assim como das próprias construtoras no financiamento dos seus empreendimentos.