A manifestação no Rio de Janeiro contra o corte de verbas das universidades federais teve início por volta das 15 horas. Os manifestantes se concentraram na Igreja da Candelária, no Centro e, ao final da tarde, uma multidão já ocupava a Avenida Rio Branco seguindo em caminhada até a Cinelândia. Segundo os organizadores, cerca de 100 mil pessoas participavam do ato.
O ato foi convocado pela UNE, UBES e ANPG e contou também com a forte presença de professores, pais de alunos, entidades sindicais e de movimentos sociais.
Leia também: 30 de Maio: Estudantes voltam às ruas contra os cortes de Bolsonaro
Entre as entidades presentes, estavam o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), o Sintuperj (Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Estado do Rio de Janeiro), e representantes de Centrais Sindicais e sindicatos.
Veja fotos do ato no Rio de Janeiro:
“Há uma tentativa do governo de ludibriar os estudantes para que a gente não mantenha nossa presença nas ruas. Ver o tamanho do quantitativo de estudantes e trabalhadores nas ruas faz o governo tremer. A gente quer continuar esse processo de mobilização e oposição ao governo Bolsonaro”, disse o diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE), Mário Magno.
Além dos cartazes e faixas contra os cortes anunciados pelo governo federal para a educação, também houve manifestações contra a reforma da Previdência. Para Roque Mascarenhas, do Sindicato Nacional de Marinheiros de Máquinas da Marinha Mercante, “além de estarmos engajados pela educação porque temos filhos, estamos aqui porque acreditamos que se nos unirmos podemos barrar a Reforma da Previdência, que quer fazer com que trabalhemos ainda mais”.
Questionado sobre o número de pessoas nas manifestações desta quinta em comparação com as mobilizações do dia 15 de maio, Magno afirmou que a presença nas ruas por si só é um sinal positivo. “A análise não é se um protesto é maior ou menor, mas que os estudantes estão sim indo para as ruas para defender a educação pública e seus direitos. A ideia é que a gente continue o processo de mobilização até que o governo recue dessas medidas”, considerou.
As manifestações contra os cortes na Educação estão ocorrendo nesta quinta-feira, 30, em todo o país. É o segundo ato após o governo anunciar a tesoura nas verbas de custeio de todas as universidades federais.
Ainda hoje, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, tentou mais uma vez coibir as manifestações. Em nota, o ministério diz que “nenhuma instituição de ensino pública tem prerrogativa legal” para “promover a participação de alunos em manifestações”.
Leia mais: