Rio: passeata gigante da Candelária à Central em defesa da Educação

Manifestantes começaram a chegar à Candelária no início da tarde - Foto: Reprodução/TV Globo

Sob forte chuva no Rio de Janeiro, manifestantes começaram a chegar à Candelária, no início da tarde de hoje, para o protesto contra o bloqueio dos recursos da educação anunciado pelo governo.

No fim da tarde o ato já reunia milhares de pessoas que continuavam a chegar de todos os pontos da cidade. Por volta das 18h, a multidão seguiu em passeata até a Central do Brasil.  

Estudantes universitários e do ensino médio, alunos de institutos e colégios federais uniformizados, professores, funcionários da Educação, pais, representantes de centrais sindicais e entidades estudantis exibiam cartazes e faixas com dizeres como “Educação não é gasto, é investimento” e gritavam palavras de ordem afirmando que “a nossa luta unificou: é estudante, funcionário e professor”.

“A nossa luta unificou: é estudante, funcionário e professor”, gritavam os manifestantes – Foto: Marcos Serra Lima/G1

Diversas vias ficaram interditadas no Centro da cidade, como a Avenida Presidente Vargas e Primeiro de Março.

Mais cedo também havia concentração na Praça XV, onde ocorreram aulas públicas antes dos manifestantes seguirem para a Candelária.    

Alunos, pais, professores e funcionários de escolas particulares também participaram do ato. “Embora sejamos de escola particular, trabalhamos com educação e isso impacta nosso futuro”, disse Fernanda França, com o filho no colo.

Além dos cortes nas verbas, outros ataques do governo à educação também foram citados pelos participantes, como a professora Yasmin Toledo, que referiu-se aos planos do ministro da Educação de eliminar cursos de filosofia e sociologia.

“Antes, a ideia das autoridades era que as pessoas só soubessem ler e escrever, e depois fossem trabalhar. Parece que esse pensamento está voltando, talvez por isso o governo não queira mais Filosofia e Sociologia nas escolas”, criticou.

Passeata seguiu até a Central do Brasil – Foto: Reprodução/TV Globo

Para a professora Vanessa Reis, “quanto mais gente na rua, maior o impacto. Além de professora, também sou estudante de mestrado da UFRJ. Esses cortes vão nos atingir profundamente”, disse.

Ao longo do dia, universidades, escolas públicas e particulares, institutos educacionais e até escolas de educação infantil aderiram à greve e tiveram suas atividades suspensas. Protestos também aconteceram em vários pontos da cidade, como em frente ao Palácio Guanabara, no Hospital Universitário Clementino Fraga (UFRJ), no Fundão, e na Fiocruz, em Manguinhos, entre outros.

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