O Rio de Janeiro passa por uma situação de calamidade generalizada, onde a população não consegue ver saídas para o sofrimento diário causado pelo caos que se instalou no estado, tanto na saúde e educação, quanto na segurança. O último fim de semana foi mais um, marcado pela violência. De sexta-feira (2) até o último domingo (4), nove pessoas foram mortas na região metropolitana da cidade.
Nesta terça-feira (06), uma menina de três anos e um garoto de 13, foram vítimas fatais desta situação catastrófica que afeta a capital fluminense.
A criança morreu após ser baleada em uma tentativa de assalto na Rua Cardoso de Castro, em Anchieta, na Zona Norte do Rio. O pai e a mãe também foram baleados e levados para o hospital. A criança chegou a ser socorrida e levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ricardo de Albuquerque, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a secretaria estadual de Saúde, a menina Emilly Sofia Neves Marriel já chegou morta na UPA.
O menino de treze, identificado como Jeremias Moraes da Silva, morreu após ser baleado durante uma operação da Polícia Militar no Complexo da Maré, zona norte do Rio. Devido a ação da polícia na região, as três principais vias da cidade foram interditadas durante a tarde, causando terror e pânico nas pessoas que passavam pelo local..
A atuação das Forças Armadas no Rio de Janeiro não tem sido suficiente para diminuir as estatísticas de criminalidade no estado. Entre agosto, quando começou a atuação permanente das tropas do Exército, e dezembro de 2017, os casos de roubos de veículos na capital aumentaram em 6%, conforme as estatísticas disponibilizadas pelo Instituto de Segurança Pública (ISP).
O Estado do Rio de Janeiro, somente neste ano, já registrou o número de 16 policiais mortos e 34 feridos.