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O presidente do PPS, Roberto Freire, considerou “um grave equívoco” a oferta de instalação de uma base militar norte-americana em território brasileiro feita por Jair Bolsonaro em entrevista ao SBT, na última quinta-feira (3).
“A ideia de permitir base militar dos USA no BR é um grave equívoco. Devemos lutar contra trazer para o nosso continente forças militares de outros continentes. Falam em base russa na Venezuela um outro equívoco que deve ser rechaçado. Contra bases militares na América do Sul. PAZ”, disse Freire em sua conta no Twitter.
O oferecimento de Bolsonaro para os EUA instalarem uma base militar no Brasil também foi considerada por Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores. “O presidente não exclui esse tipo de possibilidade”, disse o ministro.
Ao ser questionado sobre o assunto na sexta-feira (4), em Lima, no Peru, Araújo admitiu que o governo tem “todo interesse em aumentar a cooperação com Estados Unidos em todas as áreas”. “Isso é algo que tem que ser conversado. Não haveria problema na questão de uma presença desse tipo”, disse.
Sobre esta e outras manifestações de Araújo, Roberto Freire destacou que o ministro das Relações Exteriores “precisa cuidar dos interesses do Brasil nas suas relações com o mundo e não ser um bibelô de alguns pequenos países governados pela extrema direita”.
Sobre a fala de Ernesto Araújo, em seu discurso de posse, de que “o Brasil tem que se aliar a si mesmo e não com outros países”, Freire ironizou: “Ele quis dizer o seguinte: nada. Um nada absoluto. Um nada filosófico e universal”.
O presidente do PPS sublinhou que seria conveniente perguntar aos comandantes das Forças Armadas brasileiras se estão de acordo com essa permissão aos EUA na área militar, uma vez que a ideia não se afina com a política nacional de Defesa.
Freire também comentou declaração do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, de que as exonerações de cerca de 320 servidores comissionados e em cargos de confiança da pasta é parte do esforço do novo governo para “acabar” com “ideias socialistas e ideias comunistas”.
“Que degradação. Mesmo sabendo que não há regime fascista entre nós, mas não temos como não comparar com um ministro nazista quando discriminava os socialistas e comunistas e acrescentava também os judeus na Alemanha de Hitler”, escreveu na rede social.