
O presidente do Cidadania23, ex-deputado constituinte e ex-ministro Roberto Freire, enviou mensagem de pesar pela morte de Sérgio Rubens de Araújo Torres, vice-presidente do PCdoB.
“Em meu nome e do @23cidadania, pesar pela morte de Sergio Rubens no último domingo, com quem travei o bom combate na oposição à ditadura e na construção democrática. Do MR8 ao PCdoB, uma jornada de rara coragem, grande altivez, visão social e compromisso com o Brasil e seu povo”, destaca a mensagem de Roberto Freire.
Sérgio Rubens faleceu no domingo (5), vítima de um aneurisma.
O dirigente do PCdoB recebeu homenagens fúnebres de lideranças políticas, sindicais, estudantis, movimentos sociais, de familiares e amigos na segunda-feira (6) no Velório Jardim Avelino e foi sepultado no cemitério São Pedro, na Vila Alpina, São Paulo.
A presidenta do PCdoB, Luciana Santos, em sua fala durante a cerimônia de despedida no cemitério da Vila Alpina, declarou que Sérgio Rubens “era um homem de perspectivas, e as suas ideias, elas estão entre nós”.
“Elas permanecerão como uma necessidade de um futuro que ele sempre lutou para que nós percorrêssemos e alcançássemos. Então, nessas horas é fato que a gente se sente órfão. A gente se sente órfão porque essas são pessoas que são insubstituíveis”, disse.
“Sei depois o quanto cada um e cada uma de vocês, que conviveram com ele desde esse tempo, têm memória da afetividade, da generosidade dele. Isso parece óbvio, mas, o verdadeiro comunista é aquele que, ao entender que esse mundo tem jeito, ele procura cuidar, formar, dar consistência ideológica, persistir. Ele era um formador de gerações, um educador de gerações”, prosseguiu Luciana.
O diretor de redação da Hora do Povo, Carlos Lopes, apontou as características que fizeram de Sérgio Rubens “um grande homem”. “Durante 20 ou 30 anos, eu discuti diariamente com ele. Sérgio era, e até agora foi, a alma do Hora do Povo”. “Ele era um homem extremamente inteligente, extremamente comprometido e rigoroso”, disse Carlos.
“Que qualidades o Sérgio tinha que tornavam ele tão especial, além da inteligência, e de outras qualidades que ele tinha? É fundamentalmente a identificação dele com tudo que é humano”, destacou Carlos Lopes, citando um verso latino que Marx reproduziu, “nada do que é humano me é estranho”. “É exatamente o que o Sérgio achava”, acrescentou.
“Vocês podem dizer, mas ele achava que tudo que os seres humanos fazem é bom? Não, ele não achava isso. Mas o que os seres humanos fazem de errado e ruim é exatamente aquilo que não é humano. Exatamente aquilo que os desumanizam e que desumanizam os outros. E era isso que ele não suportava”, apontou o jornalista.