Com paralisação na manhã desta segunda-feira (29), os motoristas de ônibus da capital paulista iniciaram um plano de lutas que deve acontecer ao longo desta semana. A greve, que começou por volta das 5h da manhã, atingiu várias linhas de ônibus.
A decisão pela paralisação, manifestações dos trabalhadores, distribuição de Carta Aberta à População e passeatas, que devem ocorrer nos próximos dias, foi aprovada em assembleia da categoria na sede do Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo), na última sexta-feira (26).
Em campanha salarial, a categoria rejeitou a proposta patronal e reivindica melhorias nas cláusulas econômicas previstas na pauta de reivindicações, entre as quais, a garantia da volta da meia hora de refeição remunerada.
Segundo o sindicato, o SPUrbanuss tem criado resistência sobre a volta da refeição remunerada, em particular, e isso atravanca o andamento das discussões.
“Sabemos o quanto a nossa categoria foi prejudicada com essa mudança acordada na calada da noite. A perda desse direito foi um retrocesso sem precedentes e que estamos determinados a reconquistá-lo, senão for pelo diálogo certamente será pela luta”, afirma o presidente do Sindmotoristas, Cristiano Porangaba (Crizinho).
O Sindmotoristas diz que o plano de lutas foi aprovado por unanimidade em virtude da ausência de uma nova proposta patronal. “A categoria, que sofreu sacrifícios durante a crise sanitária, quer justiça (recomposição salarial, PLR, 30 minutos de refeição remunerados, entre outros). Se os patrões continuarem inflexíveis, os condutores devem cruzar os braços e parar o sistema”, alertou Crizinho.
Na terça (30), o sindicato dará uma coletiva à imprensa às 12h e, às 15h e os trabalhadores sairão em passeata da sede do sindicato até a Prefeitura de São Paulo. Na quarta-feira (31), os motoristas fazem um protesto no terminal Parque Dom Pedro II, às 10h e, na quinta (1º) acontece uma nova assembleia para avaliação do movimento.