Rodrigo Maia, mais conhecido nas planilhas da Odebrecht pela alcunha de Botafogo, anunciou que vai visitar Israel no dia 30 deste mês. O convite foi feito pelo presidente do Knesset, o parlamento que junto com o governo administram o regime de apartheid israelense, Yuli Edelstein.
O próprio Edelstein não é israelense, nasceu e cresceu na Ucrânia, no período em que esta integrava a União Soviética. Tornou-se deputado ao fundar um partido – Israel BaAliah, Israel na Subida – junto com outros judeus que deixaram sua terra natal socialista para se juntar aos que ocupam a Palestina.
Segundo a jornalista Daniela Kresch, o convite foi articulado em conversa de Temer com o premiê israelense Bibi Netaniahu, entre as sessões da Assembleia Geral da ONU.
O encontro entre Temer e Bibi teria sido arranjado pelo embaixador de Israel no Brasil, Yossi Sheli. “A visita de Maia é uma continuação direta do encontro em Nova York para descongelar ainda mais o relacionamento entre os dois países”, disse o embaixador.
Netanyahu passou pela América Latina, visitou Argentina, Colômbia e México, com a non grata passagem repudiada por manifestações contra a ocupação da Palestina e agressão diária aos direitos humanos de milhões de integrantes deste povo.
Segundo o embaiador Sheli, o Brasil não entrou no cronograma da viagem, por causa da “crise política no país”.
Com certeza o embaixador deve ter aconselhado a Bibi que não passasse nem por perto de Curitiba, devido ao estrago que o juiz Sergio Moro anda fazendo sobre os corruptos, uma vez que o próprio chefe do apartheid isralense está sob investigação por receptação de propinas, presentes de luxo e outras benesses, envolvendo inclusive a compra de submarinos alemães para defender o país dos palestinos ou dos guerrilheiros do Hezbolá.
Netaniahu e seu regime segregacionista estariam incomodados até agora desde que o Brasil se negou a aceitar como embaixador israelense a Dany Dayan, que teria se cacifado aos olhos do regime enquanto chefe dos assaltantes de terras palestinas na Cisjordânia.
Agora Maia, depois de Temer acham importante chaleirar os segregacionistas para ficarem às boas com os párias.
Uma atenção que nos agride, independente do fato de que Maia, pra disfarçar, anunciar que também vai a Ramallah, capital provisória da Plestina ocupada, uma vez que a capital histórica da Palestina, Jerusalém, está impedida à Autoridade Nacional Palestina.
NATHANIEL BRAIA