O governo do Distrito Federal autorizou a compra pela Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) de 205 itens para recompor a reserva de peças dos trens mais antigos. As peças de segunda mão vem do Metrô de São Paulo e custarão R$ 4,1 milhões ao DF.
A maioria das peças é usada ou foi descartado pelo transporte público da capital paulista. Elas serão utilizados nos 20 carros que englobam a Frota 1000, incorporada ao sistema na década de 90.
Para Marlon Bernardo, diretor administrativo do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do DF (SindMetrô-DF), todo cuidado é pouco no uso de peças reutilizadas. “Com certeza a gente precisa apurar quais são as condições para ver se são aptas”, disse.
O Metrô-DF insiste em afirmar que todas as peças foram vistoriadas por uma equipe especializada. Sendo assim, “estão em condição de uso”, além de ter “garantia contratual”. Assim como os itens, os carros da frota antiga vieram da Mafersa, estatal da metrópole da região Sudeste que fechou as portas há mais de vinte anos. Por isso, o maquinário da série não é mais fabricado. Para encomendá-lo, sairia 80% mais caro, informou a companhia.
O Metrô-DF precisou contratar uma empresa para trazer o lote de São Paulo até Brasília. A licitação deve ser homologada até o final dessa semana e as compras devem chegar até fevereiro. Para tal finalidade deverá ser despendido um total de R$ 49 mil.