
A ministra Rosa Weber, eleita presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), será a terceira mulher que assumirá a cadeira mais importante da Corte.
Ela foi eleita com 10 votos favoráveis e 1 contrário, devido à tradição no tribunal de o ministro que assumirá a presidência vote em seu vice, que será Luís Roberto Barroso.
Após a eleição, a futura presidente falou sobre os desafios da nova função, “em especial nesses tempos tumultuados que estamos vivendo”.
“Vou procurar desempenhar [o cargo] com toda seriedade e com a certeza do apoio de Vossas Excelências, que para mim será fundamental. Sempre na defesa da integridade e da soberania da Constituição e do regime democrático”, declarou.
Segundo Rosa Weber, para uma juíza de carreira, exercer a chefia do Poder Judiciário “é uma honra inexcedível”.
As eleições no Supremo são protocolares, uma vez que a Corte adota como critério para a sucessão de seus presidentes um sistema de rodízio baseado no critério de antiguidade. É eleito o ministro mais antigo que ainda não presidiu o STF.
A posse está marcada para 12 de setembro, quando o ministro Luiz Fux, atual presidente, completará o mandato de dois anos.
Gaúcha de Porto Alegre, Rosa Weber formou-se pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1971. Foi inspetora do Ministério Público do Trabalho e integrou a magistratura como juíza do Trabalho (1976-1991), passando depois a desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (1991-2006) e ministra do Tribunal Superior do Trabalho (2006-2011).
Chegou ao Supremo por indicação de Dilma Rousseff e tomou posse em dezembro de 2011. Ela é especialista em processo do Trabalho.
Na prática, não cumprirá dois anos de mandato porque se aposentará antes, em outubro de 2023, quando completa 75 anos.