O presidente do Irã, Hassan Rouhani, condenou no domingo (6) as novas ameaças feitas pelo presidente estadunidense, Donald Trump, de se retirar do Plano de Ação Conjunta Integral (JCPOA), o acordo nuclear firmado com 6 países mais o Irã em 14 de julho de 2015. Conforme a grosseira intimação norte-americana, a menos que os aliados europeus retifiquem as “falhas” do acordo até o próximo sábado, 12 de maio, é isso o que vai ocorrer.
Em discurso televisivo transmitido ao vivo, Hassan Rouhani ressaltou que os EUA estarão cometendo um grave erro se decidirem abandonar unilateralmente o acordo e que o Irã tem “planos para resistir a qualquer decisão de Trump”. “Ordens foram emitidas para nossa organização de energia atômica e para o setor econômico para enfrentar quaisquer movimentos contra o nosso país. Não vamos negociar com ninguém sobre nossas armas e defesas, e vamos fazer e armazenar tantas armas e instalações quantas precisarmos”, destacou o dirigente.
Segundo o chefe de gabinete do presidente iraniano, Mahmoud Vaezi, “os planos foram feitos de tal forma que se os Estados Unidos saírem do JCPOA, o Irã não seria muito afetado pelas consequências dessa medida”.
Por outro lado, conforme assegurado pelos seus respectivos líderes, Alemanha, França e Inglaterra seguem comprometidos com o acordo nuclear, embora – por vacilarem diante das pressões estadunidenses – defendam forçar o “diálogo” sobre o programa de mísseis balísticos do Irã, suas atividades nucleares além de 2025 – data em que expiram as principais cláusulas do acordo – e também o seu apoio à Síria e ao Iêmen. Ambos países são agredidos por terroristas, treinados e financiados pelos EUA, caso da Síria e, no caso do Iêmen, a Arábia Saudita faz trabalho sujo para Washington bombardeando o país e massacrando civis.