Nesta sexta, 29, os servidores do Rio Grande do Sul realizam assembleia para definir sobre a deflagração de greve no estado contra o saque aos salários do funcionalismo, que estão sendo pagos parcelados há 21 meses.
Nesta semana, a Federação Sindical dos Servidores Públicos no Estado do Estado do Rio Grande do Sul (FESSERGS) reagiu ao anúncio do governo do Estado que apresentou um Projeto de Lei (PL) de ressarcimento dos salários atrasados dos servidores públicos.
Para a Federação, a medida é apenas para o governo “escapar de ações judiciais dos servidores”, que estão recebendo salários parcelados ou estão sem receber nada, sem previsão, como é o caso dos servidores que recebem acima de R$ 1,5 mil. “Não receberão nada na próxima sexta-feira, 29, data do pagamento da folha de setembro”, lembra a entidade.
Para a Fessergs, o projeto do governo apenas revela a intenção de continuar parcelando os salários. “O governo está num beco sem saída. Os servidores não acreditam mais em propostas fantasiosas. Até parece que quem ganha mais que 1.500 reais comete um crime e tem que ser penalizado. Tem que ficar sem receber nada. Porque é isso que vai acontecer no final deste mês”, afirmou o presidente da entidade, Sérgio Arnoud. “E essa história de ressarcimento é uma balela. Não são só os juros que os servidores pagaram ao atrasar contas. Tem multas, correção monetária, desgaste psicológico familiar de 21 meses que não tem preço. Só queremos que a Constituição seja cumprida, nada mais. Nós cumprimos a lei. O governador não. Há 21 meses paga quando quer e do jeito que quer”, disse Arnoud.