Centenas de estudantes estiveram presentes no 59º Congresso da União Gaúcha dos Estudantes (UGES) e no 15º Congresso da União Metropolitana dos Estudantes Secundários de Porto Alegre (UMESPA), que aconteceu na última quinta-feira (26), em Porto Alegre. Foi um dia intenso de debates sobre os rumos da educação e da política no Rio Grande do Sul e no Brasil.
O presidente da UGES, Marcos Prestes, que dirigiu os trabalhos, ressaltou que a entidade não passou por tarefas fáceis nos últimos anos, “peitar as reformas de Temer e os pacotes do Sartori foram missões árduas nesse período em que o Brasil atravessa a maior crise de sua história com 26 milhões de brasileiros desempregados e no subemprego, com investimentos públicos paralisados por duas décadas e uma reforma do ensino médio imposta aos estudantes com objetivo claro de enfraquecer a educação pública”.
“Os desafios são muitos”, avaliou a ex-candidata à Presidência, Luciana Genro (PSol), presente no congresso das entidades estudantis. “A força e a combatividade dos nossos jovens são fundamentais no processo de lutas e transformações do país!”, declarou.
O Congresso fez o balanço das atividades realizadas últimos dois anos, com destaque para a manifestação realizada no último 11 de agosto, que reuniu mais de 10 mil jovens na capital gaúcha para denunciar os ataques do prefeito Nelson Marchezan Junior (PSDB) ao meio passe, os atos de denúncia contra elevação da taxa de juros e entrega patrimônio nacional à agiotagem internacional, a coleta de mais de 40 mil assinaturas nas praças para pedir novas eleições, e a ocupação de centenas de escolas para derrotar as medidas de austeridade do governador Jose Ivo Sartori (PMDB).
Na plenária final, os estudantes gaúchos elegeram Gleison Minhos como presidente da UGES e Vitória Cabreira como presidente da UMESPA, que terá pela frente a defesa do meio-passe estudantil como principal bandeira da entidade.
Vitória convocou os estudantes a lutar pela permanência do meio-passe e denunciar o prefeito de Porto Alegre por atacar esse direito. “Marchezan quer retirar o meio-passe dos estudantes, e sabemos quanto esse direito é importante, dependemos do meio-passe para estudar. Ele é um playboy e quer tirar direito dos estudantes. O Marchezan mentiu na campanha traiu os estudantes, traiu o povo de Porto Alegre, por isso temos que nos mobilizar, ocupar as ruas e praças, a Câmara e a Prefeitura. Nós não podemos aceitar esse retrocesso”.