O secretário da Educação do Rio Grande do Sul, Ronald Krummenauer, disse que está arrependido por não ter fechado mais escolas no estado. Desde 2009, 239 unidades foram fechadas no Rio Grande do Sul. Somente neste ano, a capital Porto Alegre já desativou seis escolas.
Segundo o secretário, a diminuição no número de alunos nos últimos anos, fruto da queda na taxa de natalidade, deve inevitavelmente levar ao fechamento de mais escolas. A declaração foi dada durante entrevista ao jornal gaúcho Zero Hora, na última quarta-feira (21).
Ao invés do governo priorizar a qualidade de ensino e valorização dos professores, o membro do governo Sartori, age para sucatear o ensino.
Para Vitória Cabreira, presidente da UMESPA, o fechamento de salas é um grande retrocesso. “A educação do Rio Grande do Sul nunca foi prioridade e a maior prova que temos são os dados fornecidos pela própria Secretaria de Educação, nossas escolas estão caindo aos pedaços. Por exemplo, 15% das escolas não tem laboratório de informática, 51% não tem laboratório de ciências, 74% não tem quadra poliesportiva, 10% não tem biblioteca, 28% não tem refeitório e 76% não tem auditório. O caminho nunca será os cortes e os fechamentos, iremos continuar mobilizados em defesa da educação e contra qualquer tipo de retrocesso”, disse.
Professores e pais de alunos criticam essa política de fechamento de escolas. O CPERS-Sindicato, que representa os professores estaduais, se posicionou contra a medida. Segundo uma das diretoras da entidade, Sandra Regio. “O número de alunos realmente vem diminuindo, mas isso não é motivo para fechar escolas”, diz ela, apontando que as escolas com menos alunos poderiam implementar projetos de turno integral, ao invés de serem fechadas. “Às vezes, a escola é o que centraliza uma comunidade”, comenta Sandra.