O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que os ataques que foram realizados contra escolas e creches são consequência do discurso de ódio e da política armamentista que Jair Bolsonaro colocou em prática nos últimos quatro anos.
“Infelizmente, o Brasil está colhendo aquilo que foi plantado ao longo dos quatro anos [da gestão Bolsonaro]. E ao longo dos últimos quatro anos, no Brasil, infelizmente, comandado pelo ex-presidente da República, se plantou ódio, racismo, preconceito contra as mulheres, preconceito contra nordestino, contra negro”, comentou o ministro.
“Como na agricultura, se você plantar semente de mamão, você vai ter um pé de mamão. Se você plantar soja, vai colher soja”.
Rui Costa lembrou do caso em que Jair Bolsonaro fez o sinal de uma arma na mão de uma criança, quando era candidato à Presidência, em 2018.
Depois de fazer o gesto na mão da criança, ele levantou a própria mão com o sinal de arma, enquanto seus apoiadores aplaudiam.
Em setembro de 2021, Jair Bolsonaro tirou uma foto segurando um rifle de brinquedo ao lado de uma criança, no meio de uma cerimônia oficial de governo. Posando para a foto, Bolsonaro segurou a arma como se atirasse para o alto.
“O ex-presidente botava criança no colo, fazendo sinal de arma e estimulando grupos armados, estimulando ódio”, lembrou Costa.
“Infelizmente, o Brasil hoje ficou parecido com outras nações, com ataques a escolas. Escola é lugar de vida, é lugar de alegria, é lugar de cultura, é lugar de arte. E nós vamos juntos ter que reconstruir o nosso país”, continuou.
Jair Bolsonaro, que já bateu continência para a bandeira dos Estados Unidos, prega que o Brasil libere a posse de armas como acontece em alguns Estados dos EUA.
Somente até o sábado (15), 506 crianças e adolescentes, de 0 a 17 anos, morreram por ataques com armas nos Estados Unidos ao longo do ano. Nesse período, já foram registrados 14 assassinatos em massa no país, que resultaram na morte de 83 pessoas.
Por conta de casos que ocorreram no Brasil, o ministro da Justiça, Flávio Dino, criou a Operação Escola Segura, que está monitorando ameaças e mensagens que incitem violência nas redes sociais, exigindo a exclusão dos perfis e prendendo os responsáveis.
O ministro informou que 120 pessoas já foram presas ou apreendidas no país por “engendrarem ou executarem ataques a crianças”.