Depois de o ministério da Defesa russo ter afirmado que suas forças, que ingressaram nesta segunda-feira (09) na cidade síria de Douma, em cumprimento ao acordo de retirada dos jihadistas do Jaish Al Islam, não haviam encontrado quaisquer “vestígios de uso de armas químicas”, após revista realizada por especialistas em guerra radiológica, química e biológica, assim como médicos, na área, o embaixador russo na ONU, Vassaly Nebenzia, deu mais detalhes sobre a investigação preliminar.
“Os especialistas tomaram amostras de solo, que não mostraram a presença de nenhum composto neurológico ou de cloro, e também entrevistaram os residentes locais e os ex-militantes que deixaram de combater”, explicou o diplomata russo. “Nenhum dos (moradores) locais confirmou o fato de um ataque químico”, destacou.
“No hospital local não deu entrada nenhum paciente com sintomas de envenenamento com substâncias tóxicas como sarin e cloro. Em Duma não há outras instalações médicas”, acrescentou.
“[Os especialistas russos] não encontraram nenhum corpo de vítimas afetadas, os (moradores) locais não têm informação sobre possíveis lugares onde foram enterradas. Deste modo, o fato do uso de sarin ou cloro em Duma não está confirmado”, ressaltou Nebenzia.
CONVITE À OPAQ
A Rússia também já afirmou que está pronta para escoltar inspetores da Organização pela Proibição de Armas Químicas (Opaq) ao local e pediu uma investigação imparcial e isenta.
Quanto às fotos e vídeos do “ataque químico em Douma” que apareceram nas redes sociais e logo foram catapultados pela mídia imperial, a Rússia afirmou que “são encenados”. Foram postados pelos colaboracionistas que se tornaram conhecidos como “White Helmets” (Capacetes Brancos), que disseram tratar-se de “ataque com gás cloro” no sábado, que supostamente teria matado “42 pessoas” e deixado mais dezenas “sufocando ou espumando pela boca”.
“Todas as acusações trazidas pelos White Helmets, bem como suas fotos … alegadamente mostrando as vítimas do ataque químico, não são nada mais do que mais uma fake news e uma tentativa de sabotar o cessar-fogo”, ressaltou o Centro Russo de Reconciliação das Partes em Combate na Síria, encabeçado pelo general Yuri Yevtushenko, que supervisionou em Douma a inspeção preliminar e que fechou com os jihadistas locais o acordo para retirada deles em segurança.
Pelo acordo, é garantida saída segura para o norte do país dos jihadistas e seus familiares que desejarem, anistia para quem quiser ficar, e os presos e seqüestrados já foram libertados. A região de Guta Oriental, contígua a Damasco, fica libertada após sete anos. Os jihadistas estão sendo conduzidos, de ônibus, para o norte da Síria, para a cidade de Jarablus, sob controle turco.
“Todos esses fatos mostram … que nenhuma arma química foi usada na cidade de Douma, como foi alegado pelos “White Helmets”, registra o comunicado. Não seria a primeira vez que os White Helmets são flagrados encenando “ataques” e “operações de resgate”.
Se não foi suficiente para impedir que o avanço sírio libertasse toda a Guta Oriental, a encenação de outro “ataque químico” serviu para que Trump, uma semana depois de discursar em um comício em Ohio que iria retirar as tropas americanas da Síria, desse meia volta, para ameaçar o “animal Assad” e a Rússia, prometendo uma “decisão” [um ataque?] dentro de “24 a 48 horas”. [Vão pagar] “um alto preço”, tuitou.
O que repete um padrão já visto na vitória síria em Aleppo em 2017, quando Trump também falara em retirada, e com o “ataque” em Khan Sheikhun, deu o dito por não dito e disparou uma salva de mísseis contra uma base síria. Com o agravante de que, agora, o ‘conselheiro de segurança nacional’ da Casa Branca é o traficante de guerra John Bolton.
FRAUDE ANUNCIADA
Em março, o ministério da Defesa russo já havia alertado que sabia que estava em preparação um falso ataque químico, cuja culpa seria jogada sobre o governo Assad, para tentar deter o avanço da libertação que vem sendo cumprido pelo exército sírio e fornecer um pretexto para a intervenção direta de Washington.
Os “White Helmets” foram transformados num dos principais aparatos da ingerência, e para cumprir tal papel, além da verba beneficente da CIA e Riad, ainda foram paparicados com um Oscar. Um vídeo que acidentalmente veio a público, e que flagrou a preparação de uma encenação, viralizou nas redes no ano passado. A organização de quinta coluna também procurou desempenhar papel de ponta na tentativa de impedir a vitória síria em Aleppo, mas fracassou.
Chega quase a ser comovente, como os governos imperiais, que disseram certa vez que meio milhão de crianças iraquianas mortas pelo bloqueio “valeu a pena”, e que desencadearam a invasão do Iraque com a mentira do “ataque químico de Sadam em 45 minutos” (Tony Blair) ou do “ataque de anthrax” (Colin Powell) – e mataram um milhão de iraquianos – agora se importem com o “sofrimento das criancinhas de Douma”. “Horripilante”, diz a Casa Branca de Trump…
Por sua vez os traficantes de fake news – que então prepararam a carnificina no Iraque com as matérias de primeira página encomendadas pela CIA e o Pentágono -, como o New York Times, agora se esmeram na “indignação” a la carte sobre a Síria. Estamparam: “dezenas de sírios morreram sufocados”. E, ainda, que “equipes de resgate na Síria relataram ter encontrado pelo menos 42 pessoas mortas em suas casas devido à aparente sufocação”. Também descreveram os “vídeos de homens, mulheres e crianças sem vida esparramados no chão e em escadas, muitos com espuma branca saindo de suas narinas e bocas.”
Como disse Nebenzia no Conselho de Segurança, respondendo aos “insultos, difamação, retórica belicosa, chantagens, sanções e ameaças” assacados contra a Rússia e países que, como a Síria, prezam sua soberania, aonde Washington e seus vassalos mais afoitos “vão, a tudo que tocam, fica só o caos, tentando pescar em rio revolto. Não obstante, só pescam uns peixes mutantes”.
ANTONIO PIMENTA
Mais uma vez estamos vendo aqui, uma retaliação já prometida antes de começar essa guerra. Pois soube-se antes da guerra a Síria, que a elite mundial sondou esse país com relação ao seu petróleo e, que a resposta da Síria não agradou a elite opressora mundial. E, tem mais, que a Monsanto recebeu um não de Bashar al-Assad, no diz respeito ao cultivo de soja transgênica em solo sírio.
Só que essa elite não aceita não como resposta, ou deixa ela entrar por bem, ou ela vai entrar por mal. Isso é claro, favorecida por uma grande estrutura, inclusive de uma mídia comprada, para enganar os incautos. O que nesse caso, colocou Bashar ai-Assad como vilão e ela mesma se fez de “heroína”. Isso não foi diferente na Líbia, onde no ano de 1984, a Fox film exibiu um seriado mostrando Kadaf morrendo e indo para ser recebido por Pedro. Só que o personagem Pedro falou o seguinte: “Kadaf, foi fez muito mal na terra, por isso o seu lugar é aquele” e mostrou alguma coisa que seria o inferno. E, ainda disse mais, que Kadaf morreria em 2011. Quando Kadaf, morreu ou desapareceram com ele? Em 2011. Que coincidência!
A estrutura está tão bem montada, que até a OMS, acusou Bashar al-Assad, dizendo que tinha testemunhas contra a Síria. Só que a Russia, através de sua porta voz, deixou claro, que as pessoas que estavam com uma espécie de chapéu branco, não era os funcionários da OMS, mas sim os Capacetes Brancos, grupo da al-Qaeda, que é administrado pelo M16, cujo M16, foi criado e é financiado pelo Reino Unido.
Todos que resistem são retaliados. Como exemplo o Brasil, se resistisse a essa elite invasora, logo logo já teriam achado um motivo para despejar uma boa quantidade de míssil aqui.
Eles querem sugar tudo de bom que uma nação tem e, depois abandonar o povo na pobreza.
Como cristão, sei que Deus vai julgar todos, inclusive esses.