
A Rússia denunciou perante o Conselho de Segurança da ONU, na terça-feira (28), que Estados Unidos, com apoio da Inglaterra e França, prepara uma ação de bandeira trocada. Como já fez antes, ensaia um inexistente ‘ataque’ do Exército da Síria com armas químicas para criar pretexto “para atacar infraestrutura civil desta nação”, denunciou o representante russo, Vassily Nebenzia. “A intenção por trás dessa manipulação é parar o exército sírio em seu avanço na luta contra o terrorismo”, acrescentou o diplomata russo nas Nações Unidas
O Ministério da Defesa da Rússia vem denunciando, há alguns dias, que a organização de apoio às repetidas farsas norte-americanas dos inexistentes ataques, os Capacetes Brancos, tem transportado grandes quantidades de material tóxico em direção ao sul da província de Idlib, que faz fronteira com a Turquia, e é último território sob domínio terrorista.
“Os ataques planejados com apoio nestas campanhas e provocações”, esclareceu o diplomata, “teriam como único resultado o dano às possibilidades do processo político pela paz em todo o território sírio e servem para protelar o fim da ocupação da província de Idlib”.
Já o representante da Síria perante o Conselho de Segurança da ONU, Bashar Al-Jaafari, disse que “qualquer agressão a meu país – usando esta surrada matriz de condução enganosa da opinião pública – seria mais uma forma de apoio ao terrorismo e ataque a uma nação soberana que está entre as fundadoras da ONU”.
Em outro alerta sobre a preparação de uma agressão, de acordo com o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, major-general Igor Konashenkov, o destroyer USS The Sullivans, com 56 mísseis cruzeiro Tomahawk a bordo, chegou a uma base norte-americana no Qatar, situada no Golfo Persa. Também está na mesma base o bombardeiro B-1B com 24 mísseis cruzeiro ar-terra, com a mesma condição de ataque. “Isto é mais um claro indicativo de que está sendo preparado um ataque sob pretexto de uso de armas químicas pela Síria, um esquema montado em Idlib, pelos milicianos do Tahrir Al Shams – novo nome da famigerada Frente Al Nusra – com apoio do serviço secreto inglês”, denuncia Konashenkov.
Diante das ameaças, a Rússia deslocou naves em direção ao Mediterrâneo a partir de sua frota do Mar Negro: os navios armados de mísseis, Almirante Grigorovich e Almirante Essen Kalibir, que vão se somar à força naval já alocada na Síria.