“Nós consideramos que a tentativa de usurpar a autoridade soberana na Venezuela contradiz e viola a base e os princípios da lei internacional”, afirmou o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov.
Em entrevista coletiva, o ministro do Exterior da Rússia Sergei Lavrov, denunciou que “o fato de que os Estados Unidos e um número de países regionais tenham reconhecido o presidente autoproclamado evidencia a responsabilidade direta dos EUA na criação artificial de uma dualidade de poder que induz ao caos e desestabilização política grave”,
Ele ironizou a “preocupação paranoica de que alguém intervenha em suas eleições sem apresentar nenhuma prova” como fazem setores norte-americanos com relação à Rússia, enquanto o governo norte-americano trata de “reger a sorte outros povos”.
Lavrov advertiu que as ideias de intervenção militar (como a de Mike Pompeo, secretário de Estado estadunidense que, em reunião recente da OEA reagiu a um pedido da ONU por “contenção” e “diálogo”, dizendo que “o tempo do diálogo acabou” e, logo a seguir, quando perguntado sobre intervenção militar na Venezuela, declarou que “todas as opções estão sobre a mesa), são ideias “que devem ser rechaçadas rotundamente”. Lavrov também dirigiu-se à oposição venezuelana: “não se convertam em títere de um jogo estrangeiro”.
Além do dirigente da Chancelaria da Rússia, o Ministério de Relações Exteriores do país, também se posicionou, em nota, afirmando que Washington está tentando determinar o destino de outros países utilizando a conhecida estratégia de derrubar governos que o desagradam.
E, dirigindo-se à Casa Branca, o MRI russo enfatizou: “Nós alertamos contra um aventureirismo do tipo que é carregado de consequências catastróficas”.
A China, também rechaçou o intervencionismo de Washington e se declarou a favor da “proteção da soberania, independência e estabilidade da Venezuela”.
A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês Hua Chunying, em uma entrevista coletiva em Beijing, acrescentou: “Quero enfatizar que as sanções externas ou interferências geralmente tornam a situação mais complicada e não ajudam a resolver os problemas reais”, acrescentou.