Novos documentos comprovam a participação direta do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, desde 2008, no desenvolvimento de armas biológicas na Ucrânia, com objetivo de atacar a Rússia.
Os papéis originais mostram a assinatura de representantes do Pentágono e do Ministério da Saúde da Ucrânia para que os materiais pesquisados, que envolvem os patógenos de doenças como antraz, febre Congo-Crimeia, leptospirose e outros, pudessem ser exportados da Ucrânia para os Estados Unidos.
No caso do projeto UP-2, os documentos com as assinaturas dos representantes dos EUA e da Ucrânia mostram que a ideia da pesquisa e o financiamento vieram do Pentágono.
A pesquisa, chamada de “Mapeamento Multi-patogênico”, foi realizada pela Estação Sanitária-Epidemiológica Central, em Kiev, e pelo Instituto de Pesquisa de Lvov, mas com dinheiro e supervisão direta do Departamento de Defesa dos EUA.
“O principal objetivo do projeto [UP-2] era a realização de análises moleculares de infecções particularmente perigosas, endêmicas na Ucrânia”, informou o Ministério da Defesa da Rússia, após análise dos documentos obtidos.
No âmbito do projeto, os pesquisadores chegaram a vasculhar “cemitérios” de animais que morreram de antraz para pegar amostras de insetos que poderiam servir de vetor.
A Rússia também divulgou, na quinta-feira (31), documentos que comprovam que a Casa Branca coordenou outras pesquisas biológicas na Ucrânia, como a UP-1.
Os materiais dos laboratórios biológicos foram transportados da Ucrânia para os Estados Unidos em fevereiro de 2022.
O próprio Serviço de Segurança da Ucrânia (SSU) em Kherson reconheceu que os laboratórios poderiam estar criando armas biológicas e eram uma ameaça para a região. Em 2017, afirmou que “a potencial ameaça de deterioração da situação epidêmica em nosso país foi atualizada, devido às intenções da DTRA [Departamento de Redução de Ameaças dos EUA], por meio da empresa Black e Veatch, para estabelecer o controle sobre o funcionamento de laboratórios microbiológicos na Ucrânia, realizando pesquisas sobre patógenos de infecções particularmente perigosas que podem ser usadas para criar ou modernizar novos tipos de armas biológicas”.
HUNTER BIDEN
Depois da Rússia divulgar documentos que mostram a participação do filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no financiamento de pesquisas biológicas na Ucrânia, um jornal britânico confirmou a informação.
O Daily Mail, segundo maior da Inglaterra, obteve e-mails que provam que Hunter Biden entregou US$ 500 mil para a empresa Metabiota, que atuava na Ucrânia.
A própria Metabiota admitiu, em documento interceptado pela Rússia, que as pesquisas biológicas na Ucrânia tinham como objetivo garantir a “independência cultural e econômica da Ucrânia da Rússia e sua integração contínua na sociedade ocidental”.