O Ministério da Defesa da Rússia revelou novos Elementos sobre os documentos dos laboratórios biológicos financiados pelo Pentágono na Ucrânia e denuncia: os Estados Unidos queriam produzir armas biológicas na fronteira com a Rússia.
“Os documentos têm as assinaturas de funcionários verdadeiros e estão certificadas com selos das organizações. Nós acreditamos que componentes de armas biológicas foram criados em território ucraniano”, disse em comunicado.
A Rússia já divulgou os documentos oficiais dos laboratórios que obteve com funcionários.
Segundo seus especialistas em proteção nuclear, biológica e química, os documentos obtidos “revelam detalhes da implementação de um projeto secreto dos Estados Unidos na Ucrânia para estudar formas de transmitir doenças para humanos através de morcegos em um laboratório de Kharkov”.
“Durante a implementação desses projetos, seis famílias de vírus (incluindo coronavírus) e três tipos de bactérias patogênicas (patógenos da peste bubônica, brucelose e leptospirose) foram identificados”, apontou o Ministério russo.
“Isso se deve pelas principais características desses patógenos, que os tornam favoráveis para o propósito da infecção: resistência a remédios, rapidez na transmissão de animais para humanos, etc”, continuou.
“De acordo com os documentos, os estudos foram realizados por muitos anos em Kharkov de forma sistemática e sob supervisão direta de especialistas dos Estados Unidos”.
A Rússia também mostrou pesquisas biológicas feitas em Odessa, Lvov e Kharkov, todas financiadas com recursos do Pentágono. O financiamento total foi de US$ 32 milhões.
Como apontou a Rússia, a prática mais comum seria as autoridades de saúde financiarem as pesquisas, e não pelo Departamento de Defesa.
Os laboratórios estudaram, com recursos dos EUA, os patógenos da febre hemorrágica Congo-Criméia, leptospirose. Para a Rússia, essas doenças foram escolhidas para que as armas biológicas pudessem ser confundidas com causas naturais.
“Dentro do projeto estadunidense, o Instituto de Medicina Veterinária de Kharkov estudou aves selvagens como forma de transmitir gripe aviária de alta patogenicidade”, continuou o Ministério russo.
“Ao mesmo tempo, foram avaliadas as condições sob as quais os processos de transmissão podem se tornar incontroláveis, causar danos econômicos e criar riscos à segurança alimentar”.
Os documentos obtidos também demonstram que o projeto P-781, realizado pelo laboratório de Kharkov junto com o Centro de Pesquisa Lugar, em Tbilisi, Geórgia, recebeu US$ 1,6 milhão do Pentágono.
Desde, pelo menos, 2009, os EUA financiou e conduziu os projetos P-382, P-444 e P-568. “Um dos curadores dessa atividade foi a chefe do escritório da Agência de Redução de Ameaças de Defesa dos EUA em Kiev, Joanna Wintrall”, afirmou a Rússia.
A Rússia disse ainda que vai apresentar novos documentos sobre a “exportação de uma grande quantidade de biomateriais humanos da Ucrânia para o Reino Unido e outros países europeus”.
Os documentos obtidos confirmam que a Ucrânia transferiu cinco mil amostras de sangue de cidadãos ucranianos para o Centro de Pesquisa Lugar e 773 bioensaios para um laboratório na Inglaterra, além de amostras que foram para a Alemanha.