Putin já vem alertando para ataques do regime nazi ucraniano apoiados em armamento norte-americano e inglês, tornando-os parte integrante do ataque do regime de Kiev à Rússia
Em resposta a um ataque ucraniano contra a região russa de Rostov-on-Don com mísseis Atacms fornecidos pelos EUA e Storm Shadow, pelo Reino Unido, a Rússia disparou na sexta-feira (20) uma barragem de mísseis de alta precisão contra alvos militares em Kiev, disse o Ministério da Defesa russo, que confirmou que “todos os alvos foram atingidos”.
“Em resposta às ações do regime de Kiev, apoiado por patronos ocidentais , um ataque massivo com armas de precisão e de longo alcance foi lançado esta manhã [20 de dezembro] contra um posto de comando do SBU [Serviço de Segurança Ucraniano] em Kiev, o escritório de projetos Luch, que projeta e fabrica sistemas de mísseis Neptun e mísseis de cruzeiro terra-ar para lançadores múltiplos de mísseis Vilkha, bem como contra posições do sistema antiaéreo Patriot”.
No ataque ucraniano de quarta-feira, uma empresa bélica russa foi alvejada com seis mísseis norte-americanos Atacms e quatro mísseis de cruzeiro britânicos, Storm Shadow, com os russos abatendo nove dos dez.
Nos últimos meses, tem se tornado crítica a situação das forças do regime de Kiev, forçadas a recuar quilômetros e mais quilômetros, diariamente, ao longo da linha de confronto. Um centro nevrálgico da defesa ucraniana no Donbass, Prokrovsk, está prestes a cair.
Em novembro, o presidente Joe Biden autorizou o uso de mísseis de fabricação norte-americana, ou com componentes norte-americanos, contra território internacionalmente reconhecido da Rússia. Uma óbvia provocação, já que tais mísseis não têm como funcionar sem interferência direta de pessoal da Otan e dependem de dados de satélites norte-americanos.
Na época, Moscou advertiu que esse passo significava o “envolvimento direto” dos EUA e de Londres nas hostilidades, com todas as devidas consequências. Condenando a escalada, a Rússia anunciou que a réplica seria “apropriada” e “tangível”, como se comprovou desde então – inclusive com o uso de um novo míssil hipersônico Oreshnik (Avelã), contra o qual não há defesa possível.
Ainda na sexta-feira, uma cidade do sul da Rússia, Rylsk, a 30 km da fronteira, foi bombardeada pelos neonazis ucranianos, usando mísseis Himars norte-americanos. O governador regional Aleksandr Khinshtein acusou as forças de Kiev de “escolher deliberadamente instalações civis [e] instalações sociais como seus alvos” e denunciou que o ataque matou “seis pessoas, incluindo uma criança” e feriu mais 10.
O bombardeio atingiu prédios de duas faculdades locais, um centro cultural, um complexo de ginásticas, uma escola e outras instalações. Janelas foram quebradas em três prédios de apartamentos, enquanto várias casas particulares e 15 veículos também foram danificados. A onda de choque danificou a Igreja da Ascensão.
No sábado, o Conselho de Segurança da ONU se reunirá, a pedido da Rússia, para discutir os acontecimentos na Ucrânia.