
“Os russos adaptaram bombas com sistemas de navegação por satélite e asas que ampliam seu alcance, transformando-as em bombas planadoras mais modernas”, afirma matéria do NYT
O estrago que as “bombas planadoras russas” estão fazendo no regime pró-nazista e pró-OTAN de Kiev tornou-se motivo para o New York Times ter posto de lado sua ladainha habitual sobre o ‘fracasso’ russo, para registrar como bombas da era soviética – muito baratas e abundantes nos arsenais russos – são transformadas em bombas guiadas com o uso de um kit adaptador, com ‘asas’ e dispositivo de orientação por satélite.
De acordo com ucranianos e os oficiais americanos – destaca o NYT -, os russos adaptaram bombas “com sistemas de navegação por satélite e asas que ampliam seu alcance, transformando uma arma antiquada, que Moscou tem milhares, em uma bomba planadora mais moderna”.
Tais bombas ficam no ar “por apenas 70 segundos ou menos e são muito mais difíceis de rastrear” pelas defesas aéreas da Ucrânia. “Elas são pequenos pontos nas telas de radar que logo desaparecem após serem lançadas, disseram autoridades ucranianas”.
O sistema também permite que os aviões usados no lançamento das bombas fiquem ao abrigo dos sistemas antiaéreos ucranianos e, quanto maior a altura e a velocidade, mais longe irá a bomba. Assim, essas bombas “fornecem aos pilotos russos a capacidade de usar o poder aéreo de maneira efetiva para influenciar as operações terrestres”.
Segundo analistas militares, as bombas modificadas custam uma pequena fração do preço de um míssil de cruzeiro, mas carregam aproximadamente a mesma quantidade de explosivos.
Antes do NY Times, o Telegraph inglês já havia, na primeira semana de maio, relatado que as bombas planadoras russas estavam “acabando” com os planos de contraofensiva de Kiev, com o exército russo lançando, segundo fontes ucranianas citadas, “pelo menos 20 bombas planadoras por dia”. “Uma ameaça muito séria”, disse o porta-voz do Comando da Força Aérea ucraniana, Yuri Ignat.
O NYT admite que a questão das bombas planadoras russas – que começaram a ser usadas pelos russos após os norte-americanos terem fornecido ao regime de Kiev suas próprias bombas planadoras – vem sendo levantada “como argumento para pressionar pelo envio de caças F-16”.
“Os ucranianos dizem que estão em desvantagem nos céus e que os F-16 podem afugentar aviões de guerra russos que bombardeiam suas comunidades”.
Conforme o jornal novaiorquino, que cita Ignat, “tentar interceptar essas bombas não é eficaz. Não é nem racional. A única maneira de sair desta situação e a única maneira de pará-la é atacar os aviões que lançam essas bombas”.
Segundo analistas, o regime de Kiev recebeu “algumas dezenas de bombas planadoras” de Washington, mas seus pilotos têm tido “problemas“ com elas, de acordo com documentos vazados. Os russos descobriram como bloquear os sistemas de orientação, disseram os documentos classificados, e várias bombas ucranianas erraram o alvo.