“Todos os grupos terroristas que agem na Síria têm recebido armamentos e dinheiro, assim como missões de combate, do exterior, afirmou no sábado, o vice-ministro do Exterior da Rússia, Valery Gerasimov.
Para Gerasimov, “a Síria tem levado adiante sua luta pelo direito de existência enfrentando uma guerra não declarada”.
O Ministério da Defesa da Rússia já observara, no início do mês, que as “operações norte-americanas na Síria, e suas unidades militares contribuíram para a criação de abrigos para os terroristas no oeste da Síria”.
O vice-ministro da Defesa, Alexander Formin, declarou ainda que, “enquanto as missões de solidariedade da Rússia se realizam em acordo com o governo sírio e contribuíram para destruir o grupo terroristas Daesh (Estado Islâmico), os Estados Unidos que entraram sem autorização das autoridades sírias, têm sido repetidamente responsabilizados por ajudarem os terroristas no país”.
Como temos acompanhado, nos últimos meses, e pouco depois da vitória contra o terror em Alepo e do avanço das negociações de pacificação e reconciliação entre sírios, realizadas em Sochi (Rússia), começaram os bombardeios provocativos sobre áreas residenciais em Damasco a partir de um dos últimos enclaves terroristas, o de Guta Leste.
Houve uma ruptura de cessar-fogo nitidamente orientada a partir do exterior para tentar descarrilar a retomada da Síria da soberania sobre o seu território. Diante das provocações, as forças sírias, com apoio de unidades e aviação militar russa, avançam sobre Guta, liberam moradores que haviam sido feitos reféns e localizam, fotografam e mostram ao mundo laboratórios de armas químicas onde tais apetrechos estavam sendo preparados para que os terroristas realizassem ataques sobre civis, e criassem o clima para ataques norte-americanos à Síria.
O desmascaramento dos laboratórios e a declaração russa de que qualquer ataque que atingisse as forças russas seria imediatamente revidado, fez com que o plano de elevar a intervenção norte-americana fosse suspenso e o avanço em Guta pudesse prosseguir. O número de civis já libertos nesta região, já chega perto dos cem mil, assim como mais de 80% do território antes ocupado pelos terroristas do Al Nusra e outras facções.
NATHANIEL BRAIA