A Rússia passou a ser o país que mais fornece petróleo para a China, tendo subido em 25% as vendas ao país asiático em maio com relação ao mês de abril
Com as sanções impostas pelos Estados Unidos e seguidas pelos países europeus contra a Rússia, a China passou a reforçar o comércio com o país aliado, consolidando uma aliança estratégica.
Segundo um relatório da Administração Geral de Alfândegas da China, publicado pela Reuters, a importação chinesa do petróleo russo subiu 25% em um mês e fez com que a Rússia virasse seu principal fornecedor, à frente da Árabia Saudita.
Em maio, a Rússia exportou quase 8,42 milhões de toneladas de petróleo para a China, o que significa 1,98 milhão de barris por dia. O petróleo foi transportado por navios e por oleodutos.
Ao mesmo tempo, as importações vindas da Arábia Saudita caíram de 2,17 milhões de barris por dia, em abril, para 1,84 milhão de barris por dia.
Mesmo com a queda na demanda chinesa por petróleo nos últimos meses, devido à política de combate ao coronavírus, as importações em maio de 2022 foram 12% superiores ao mesmo mês do ano anterior.
A Rússia está oferecendo grandes descontos, entre 20% e 30%, em relação ao preço no mercado internacional, para o seu petróleo. Dessa forma, conseguiu driblar as sanções dos Estados Unidos e outros países ocidentais. As vendas de petróleo também subiram para a Índia.
Em maio, a Rússia passou a ser o segundo maior fornecedor de petróleo para a Índia – novamente desbancando a Arábia Saudita-, vendendo cerca de 819 mil barris de petróleo por dia. O maior exportador para a Índia é o Iraque.
A Índia também elevou sua importação de carvão russo. Nas últimas semanas, a importação foi 31 vezes maior do que no mesmo período de 2021, significando um comércio de US$ 2,2 bilhões.