Nem a presença da Agência Internacional de Energia Atômica impediu Kiev de perpetrar mais um ataque à central de Zaporozhia
Mesmo com a delegação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) presente na central nuclear de Zaporozhia, em viagem de inspeção acordada pelos dois lados, o regime Zelensky não se inibiu de lançar nova tentativa de apreender a maior usina nuclear europeia, mas a provocação foi frustrada pela ação dos militares russos, revelou o porta-voz tenente-general Igor Konashenkov.
“Em 2 de setembro [sexta-feira], por volta das 23:00, horário de Moscou, dois grupos de barcos e lanchas com um número total de 42 unidades com uma força de desembarque de mais de 250 pessoas das forças de operações especiais e mercenários estrangeiros tentaram desembarcar na costa do reservatório de Kakhovka na área de Energodar e Dneprorudny”, disse Konashenkov.
Ao final, a força ucraniana teve de bater em retirada desordenada, após 20 barcos serem afundados pela aviação russa e 47 integrantes das tropas especiais mortos – inclusive 10 mercenários estrangeiros – e 23 feridos.
A ZNPP, construída na época da União Soviética, tem seis reatores e atende 4 milhões de pessoas. Na véspera da chegada da delegação da AIEA, as forças ucranianas já haviam bombardeado a usina nuclear de Zaporozhia por 60 vezes em apenas 24 horas, e as violações da estrutura da instalação puderam ser constatadas in loco pelo diretor-geral da organização.
A instalação está sob controle das tropas russas da operação especial de desnazificação e desmilitarização da Ucrânia e tem sido constantemente bombardeada com artilharia pesada, lançadores múltiplos de foguetes e drones kamikazes pelo regime de Kiev, que insiste em imputar à Rússia o bombardeio de uma usina nuclear sob controle russo, acusação que tem recebido o cínico endosso de Washington, Londres e Bruxelas, bem como da mídia ocidental.
A ida da delegação da AIEA – insistentemente solicitada pela Rússia e retardada quase dois meses por pressão norte-americana – visa evitar que se produza novos Fukushima ou Chernobyl.
A Rússia denunciou o “terrorismo nuclear” cometido pelo regime Zelensky, enquanto o secretário geral da ONU, Antonio Guterres, declarou tais ataques contra uma usina nuclear de “ação suicida”.
A administração da cidade de Energodar, onde fica a usina nuclear, afirmou ao portal Sputnik que o fornecimento de energia elétrica para os territórios controlados por Kiev foi suspenso devido a danos a uma linha de transmissão causados pelos ataques ucranianos.
“Especialistas estão trabalhando na linha de energia anteriormente danificada pelo bombardeio das Forças Armadas da Ucrânia (…) O fornecimento de eletricidade para os territórios controlados pela Ucrânia foi suspenso devido a tais dificuldades técnicas”, disse o comunicado.