A Comissão Executiva Nacional do União Brasil expulsou, nesta segunda-feira (8), de seu quadro de filiados o ministro do Turismo, Celso Sabino, porque ele permaneceu no governo federal após determinação do partido de deixar Lula para apoiar a tentativa de anistia de Jair Bolsonaro.
Sabino falou, em vídeo publicado nas redes sociais, que a expulsão ocorreu porque ele decidiu ficar ao lado do “melhor projeto de país, que é o projeto comandado pelo nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.
“Esse projeto tem trazido ao Brasil grandes vitórias, reduzido a taxa de desemprego a números nunca antes vistos e trazido para nossa economia a maior massa salarial da história”, comentou.
Sabino acrescentou que a organização da COP-30, fórum da ONU para as questões ambientais que ocorreu em Belém (PA), também fez parte da decisão de permanecer no governo.
Segundo ele, o União Brasil exigiu que ele deixasse o governo em 24 horas depois da decisão, mas faltava um mês para a COP-30. “Eu não faria essa irresponsabilidade”.
Celso Sabino falou que deixa o União Brasil “de cabeça erguida” porque trabalhou “pelo Brasil, pelo turismo, e não me curvei”.
O ministro do Turismo confirmou que seguirá com sua pré-candidatura ao Senado Federal pelo Estado do Pará, mas ainda não sabe por qual legenda. “Sigo ao lado do melhor presidente que o Brasil já teve. Trabalharei no Pará para que o presidente Lula se consagre vitorioso nas eleições do ano que vem por uma diferença de votos bem maior do que na anterior”, afirmou.
Junto com a expulsão, o União Brasil decidiu realizar uma intervenção no diretório do Estado do Pará, que era presidido por Sabino.
“Intervieram no Pará sem que o diretório tivesse feito nada. O Diretório do Pará foi eleito regimentalmente, respeitando todas as regras do partido, e possuía uma cadeia sucessória”, continuou.
“Se o presidente estadual do partido falecesse ou fosse expulso, o normal seria a sucessão acontecer com a nomeação do primeiro vice-presidente como presidente. Mas essa regra foi desrespeitada, fizeram uma intervenção de cima para baixo. É uma coisa difícil de se aceitar”, denunciou.











