Como se isso não bastasse, o ministro Fernando Haddad impôs com seu pacote um teto de reajuste de 2,5% para cumprir a meta de déficit zero
O Brasil é um dos países com o pior salário mínimo da América Latina, considerando os valores em dólares (US$), segundo o portal mexicano El CEO, com base em números da Comissão Nacional de Salários Mínimos do México (CONASAMI).
Com um salário mínimo de US$ 248,53 por mês, o Brasil figura na penúltima colocação, entre os 16 países listados pelo periódico digital de mercado. O salário mínimo brasileiro está abaixo dos salários do Paraguai, Panamá, Peru e Argentina.
Em último colocado está a Nicarágua (US$ 211,13 e, logo acima, do Brasil está a Argentina (US$ 287,93). O Chile é o país com o maior salário mínimo da América Latina, com US$ 510 por mês. Veja a lista completa, a seguir.
O salário mínimo brasileiro em 2025 recebeu um acréscimo de R$ 106, subindo de R$ 1.412 para R$ 1.518. Os trabalhadores brasileiros receberam um ganho real (acima da inflação) de 2,5%, seguindo a nova regra de valorização do salário mínimo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que impôs um teto de reajuste de 2,5% para cumprir a meta de déficit zero. Pela regra anterior, o salário deveria ser reajustado pelo crescimento do PIB dos dois últimos anos.
A nova regra, aprovada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2024, define que, de 2025 até 2030, o ganho real do salário mínimo a ser pago estará limitado entre 0,6% e 2,5%, seguindo o mesmo limite de crescimento das despesas do governo central imposto pela lei do arcabouço fiscal.