O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi cobrado por ambientalista que trabalha com ações na Amazônia, não respondeu e saiu de fininho.
Em uma das atividades do COP-25, que está acontecendo em Madri, na Espanha, o coordenador do Projeto Saúde e Alegria, Caetano Scannavino criticou a postura de Bolsonaro de não receber o evento no Brasil e condenou as perseguições aos brigadistas de seu projeto.
“Se estamos aqui para falar de ambição, queria lembrar que era para a COP ser no Brasil. Temos uma responsabilidade grande como brasileiros. O país com a maior biodiversidade do mundo só tem esse espaço aqui. Que fique uma lição para que na próxima COP, o Brasil se representar com o tamanho do país com a maior biodiversidade do planeta que nós somos”, disse Caetano em frente ao ministro.
Em sua fala, declarou ter passado por “momentos de pesadelo” durante a perseguição da Polícia Civil do Pará a quatro brigadistas do Projeto Saúde e Alegria. A polícia ignorou todas as evidências contrárias e acusou os brigadistas e o Projeto de estarem colocando fogo na Amazônia para receber mais recursos de doação.
De acordo com ele, a acusação foi “uma coisa esdrúxula”. “Não botamos fogo na floresta”, disse.
O ambientalista também pediu um minuto de silêncio em homenagem aos caciques Guajajara Firmino Prexede e Raimundo Belnício, assassinados no Maranhão na manhã do sábado (7). Durante a homenagem, apenas Ricardo Salles não deu as mãos para quem estava do seu lado.
Em sua fala, Ricardo Salles não tocou em nenhum dos assuntos abordados por Caetano e não citou os indígenas assassinados.
O ministro não ficou até o fim da atividade, deixando de ouvir outros ambientalistas.