“È ultrajante”, afirmou o senador Bernie Sanders, ao destacar intento de Trump de cobrar por vacinas contra o coronavírus quando estas estiverem prontas para uso.
Ele ironizou o “plano de Trump para o combate do vírus até o momento”:
“Corte do aquecimento nos abrigos para pobres” e ainda colocar para comandar a campanha contra a disseminação da doença nas mãos do seu vice, Mike Pence, “que diante do surto de HIV, quando governador do Estado de Indiana, perguntado se haveria um programa governamental de troca de seringas, disse que a atitude a tomar era rezar para que o HIV vá embora”.
Sanders também criticou o presidente por ter colocado o ex-lobista das corporações farmacêuticas, Alex Azar, como responsável por acompanhar o desenvolvimento da vacina. “É claro que assim não vai haver vacina accessível para todos”.
Azar respondeu a Sanders dizendo que “não se pode estabelecer nenhum controle com relação a preços porque assim o setor privado não vai investir”.
Agora, Pence disse, em coletiva de imprensa que seu papel seria, “diante de um surto de coronavírus levar a Trump as melhores opções para a ação”.
“Na doutrina de Trump, se você é rico pode comprar uma vacina e assim não sucumbir diante da doença mas, se é pobre ou trabalhador pode ter de ficar doente ou até morrer. Isso é inaceitável. Temos que ter uma vacina accessível a todos”, completou Sanders.
O deputado Jan Schakowsky, que dirigiu a discussão com Azar na Câmara, denunciou: “Ele está dando um cheque em branco para as corporações farmacêuticas”.
A organização de advogados Trabalho de Segurança Social emitiu declaração afirmando: “Isto é o que acontece quando é colocado um ex-executivo de uma destas corporações para ficalizar as corporações. Sob sua direção, o preço da insulina dobrou”, declara a orgnização referindo-se à época em que Azar dirigiu o grupo Eli-Lilly.
“Essas corporações e seus amigos no governo Trump não se importam em quantos vão morrer, desde que eles tenham lucro”, acrescenta a declaração dos advogados.