
Dos mortos, 48 foram pelo bombardeio à cidade de Gaza e 13 por inanição. Cinco crianças foram mortas quando buscavam água na região de Al Mawasi, dita “segura” pelas forças de extermínio de Israel
Genocídio dos palestinos na Faixa de Gaza prosseguiu nesta terça-feira sangrenta com 89 palestinos mortos, segundo denunciam as autoridades médicas palestinas.
Dos assassinados, 48 foram na cidade de Gaza, a maior da região, que se tornou o alvo principal da sanha de Natanyahu que chamou a aceleração do massacre de “decisão final”.
Segundo reporta a rede Al Jazeera, dos assassinados, 22 palestinos morreram na fila por comida (reduzida a sacos de farinha).
Para mostrar a falta de quaisquer limites na chacina de palestinos, cinco crianças morreram enquanto enchiam galões com água, por míssil lançado por forças de extermínio de Israel na desértica Al Mawasi, na região sul da Faixa de Gaza, exatamente a região para onde os invasores israelenses apontam como “região segura”, para onde os palestinos da cidade de Gaza devem se deslocar para evitarem a morte pelo intenso bombardeio que já teve início contra a cidade de Gaza.
Ainda de acordo com as autoridades médicas palestinas até agora são 63.633 os mortos na chacina que Israel vem perpetrando desde outubro de 2024. Dos quais, 2.306 foram chacinados nas filas por alimento que ficaram conhecidas como “armadilhas da morte”.
Quanto a fome provocada pelo bloqueio à entrada de caminhões de socorro humanitário à Faixa de Gaza. Entre os mortos nesta terça, as autoridades apontam 13 pessoas por inanição, incluindo três crianças. Levando o total dos mortos por fome a 361, sendo 130 crianças.
Relatório recente de agência da ONU alerta que já há 641.000 palestinos sob desnutrição aguda e, portanto, ameaçados de morte caso não seja levantado o bloqueio aos caminhões com socorro humanitário.
Diante da tragédia, o Ministério do Exterior do Qatar condenou “o plano de Israel de ocupar militarmente a Gaza, que coloca todos em risco, inclusive os reféns israelenses” que Netanyahu diz querer resgatar.
“A grave situação humanitária não deve ser conectada às negociações”, alerta o Qatar, “as passagens devem ser abertas e a ajuda ser permitida para dentro de Gaza”.
Segundo o jornal israelense, Haaretz, “o escritório da Resistência Palestina acusa Israel de estar fabricando a fome e o caos ao atrasar a entrada de comboios de ajuda, barrando a entrada de milhares de itens alimentares básicos, incluindo carne, peixe, laticínios, vegetais e frutas”.
Em declaração que mostra o caráter nazista do regime israelense, na manhã de terça-feira, o porta-voz militar de Israel para a imprensa árabe, Avichay Adraee, disse que “a todos os residentes da cidade de Gaza estamos lembrando que durante os preparativos para a expansão dos combates para a cidade que a região de Al-Mawasi será testemunha de melhores serviços humanitários, particularmente os relacionados a saúde, água e alimento”. Sendo que, na mesma manhã, foi exatamente em Al-Mawasi, como dito acima, cinco crianças que buscavam água foram mortas por bombardeio israelense.