Os metalúrgicos de São José dos Campos que trabalham na General Motors (GM), Chery, Eletroeletrônicos, Sicetel (Gerdau e Armco), e outras fábricas da região, rejeitaram a proposta da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) de aumento salarial zero e aprovaram indicativo de greve em assembléia geral na última sexta-feira (22).
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região denuncia que “o grupo de autopeças quer simplesmente acabar com a Convenção Coletiva do setor na íntegra e adotar, desde já, todos os ataques previstos na reforma trabalhista”. A Fiesp propôs à categoria apenas a reposição da inflação no salário, portanto sem direito a aumento real. O INPC do período é de 1,73%. “Essa é a inflação oficial, mas os trabalhadores sabem que na vida real os preços estão disparando e que o poder de compra dos salários está completamente defasado. Por isso, é preciso organizar as mobilizações e lutar por direitos e aumento real”, afirmou o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.
A entidade irá protocolar aviso de greve nas fábricas e dar início a uma serie de ações nos próximos dias como uma forma de pressionar a Fiesp a avançar nas negociações. O movimento também faz parte da Campanha Nacional dos Metalúrgicos que vem se espalhado por diversas regiões do país contra a “reforma trabalhista” de Temer, que ataca diretos já conquistados pelos trabalhadores brasileiros.
“Somos a primeira categoria a ouvir, na mesa de negociação da Campanha Salarial, as propostas patronais para implantação da reforma [Trabalhista]. Se os empresários querem aplicar as mudanças na lei trabalhista, os metalúrgicos saberão enfrentar essa afronta. Nossa meta é barrar os ataques criados pelo governo Temer com o aval do Congresso Nacional. Agora é luta”, disse Macapá.