O governo de São Paulo anunciou nesta terça-feira (22), o novo plano de expansão do Programa de Ensino Integral (PEI) para 950 novas escolas, sendo 100 ainda em 2022 e 850 em 2023.
“A prioridade do Governo do Estado de São Paulo, ao lado da Saúde, foi a Educação, que é o futuro do Brasil. Se nós conseguimos sair de 364 escolas para 2.050 escolas de tempo integral em menos de três anos, é possível fazer quando se quer fazer”, disse o governador do Estado, João Doria, em coletiva junto ao secretário Estadual da Educação Rossieli Soares.
Desde 2021, o PEI saltou de 1077 escolas, em 308 cidades, para 2050, espalhadas por 464 municípios. Com a expansão serão 3 mil unidades somando 1,4 milhões de vagas, mais de 55% do total da rede estadual, que possui cerca de 5,4 mil escolas.
A ampliação foi celebrada pelo Secretário da Educação do Estado. “Em 2021, por exemplo, foram 448 mil estudantes atendidos. Recentemente, celebramos 973 novas escolas aderidas ao PEI, que oferece uma educação de sucesso. Por isso, temos lutado por essa ampliação nos últimos meses. O modelo nos permite oferecer um processo de formação humana mais completo para os nossos estudantes, além de todas as refeições, que ajudam muitas famílias. Aumentar o número de escolas é importante, mas manter o nível de excelência é um objetivo constante”, resumiu Rossieli.
Atualmente, são 264 escolas (18,5%) de Anos Iniciais (1° ao 5°ano), 1.587 (42,6%) de Anos Finais (6° ao 9°ano) e 1.576 (43,1%) de ensino médio. O programa é ofertado em dois formatos: 7h e 9h. No primeiro, as escolas oferecem dois turnos – das 7h às 14h e das 14h15 às 21h15. No segundo, as aulas ocorrem entre 7h e 16h.
Rossieli revelou que o novo avanço do PEI deve começar ainda neste segundo semestre. “Nosso objetivo é que possamos confirmar mais 100 novas escolas em breve, passando para 2.150 no total. E para 2023, a previsão é que as 3 mil escolas do PEI atendam 494 municípios ou 76,5% dos municípios do Estado”, conta.
O processo de adesão para 2023 permanece aberto. Esta etapa contempla apresentação do programa, diálogos com a comunidade escolar e manifestação de interesse à Diretoria de Ensino. O ingresso da escola no PEI será definido a partir da priorização das unidades maiores e mais vulneráveis.
EXPANSÃO
A União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES) apoiou o anúncio da expansão do Ensino Integral nas escolas de São Paulo. “O movimento estudantil sempre defendeu o ensino integral de qualidade como melhor meio de ter uma educação pública, gratuita e de qualidade. Junto ao Investimento Permanente nas Escolas, por meio do PDDE, o avanço pode transformar a realidade da Educação e ser uma importante ferramenta no combate à evasão escolar e no aumento da qualidade do ensino”, destacou a entidade.
“Temos muitos desafios e muitas coisas para avançar na educação, mas pudemos ver durante os últimos anos o quanto o período de ensino integral é essencial para isso, melhorando a vida e o aprendizado dos estudantes”, ressaltou a entidade em nota.
“Diversas escolas que se encontravam em situações precárias, levando os estudantes a defasagem de aprendizado e a evasão escolar, passaram por mudanças significativas em suas estruturas após a implementação do ensino integral e do investimento permanente nas Escolas. Gerando assim um melhor ensino, recuperando o aprendizado dos estudantes e principalmente o seu interesse em participar das práticas do ambiente escolar”, pontua a entidade.