A caderneta de poupança registrou em fevereiro um valor total de saques de R$ 5,832 bilhões a mais do que os depósitos no mês. O resultado de saques na poupança no mês passado é o maior registrado para os meses de fevereiro desde 2016, quando o país afundava na recessão (2014-2016). Na ocasião, o valor foi de R$ 6,6 bilhões. Os resultados foram divulgados na quinta-feira (4) pelo Banco Central (BC).
A saída líquida de janeiro, no total de R$ 18,153 bilhões, foi o recorde de movimento negativo de toda a série estatística desde 1995, sendo que o primeiro bimestre do ano totalizou R$ 23,987 bilhões de retirada.
Nos dois primeiros meses do ano, os depósitos totais somaram R$ 484,732 bilhões e os saques totalizaram R$ 508,719 bilhões.
No início do ano, por conta dos gastos, como pagamento de impostos, parcelamento de compras de fim de ano e compras de materiais escolares sempre refletem nos saques das poupanças, no entanto, em relação ao primeiro bimestre de 2020 com R$ 15,927 bilhões, o começo do ano revelou um aumento dos saques de 50%.
Com o desemprego atingindo 30 milhões de trabalhadores, considerando os que procuram e os que estão esperando um momento melhor, bem como os que deixaram de procurar emprego, a queda da renda resultante desse cenário aponta que a pressão sobre a poupança vai continuar.