O movimento da caderneta de poupança em janeiro foi negativo, sendo que os saques foram maiores que os depósitos em R$ 5,2 bilhões, conforme dados divulgado pelo Banco Central na terça-feira (6). Desde 2014, com a recessão induzida por Dilma, os meses de janeiro tem tido comportamento deficitário.
A caderneta de poupança reúne atualmente recursos acima de R$ 700 bilhões, gera fundos para construção civil, financiando tanto as construtoras como os compradores dos imóveis, além de investimentos públicos em infraestrutura.
A remuneração da poupança a partir de 2012, também no governo Dilma, sofreu um revés. Sempre que a taxa Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano a correção anual das cadernetas fica limitada a um percentual equivalente a 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, calculada pelo BC.
Com o recuo da taxa de juros básicos para 7% ao ano, a partir de dezembro, o rendimento da poupança está em 4,9%, resultado de 70% dessa taxa, mais Taxa Referencial.
O corte nos juros da caderneta procura privilegiar a captação dos bancos por outros títulos, ao invés de manter uma remuneração adequada para a poupança popular, cuja destinação, como vimos, é altamente positiva para a economia e a sociedade.