José Ivo Sartori (PMDB) candidato ao governo do Estado do Rio Grande do Sul e atual ocupante do cargo, defendeu como principal bandeira de campanha, a continuidade da política de arrocho fiscal adotada por ele em conluio o governo Temer.
Sartori afirmou em entrevistas e em encontros partidários que o caminho é o arrocho dos trabalhadores por meio do projeto intitulado pelo governo Temer de “Regime de Recuperação Fiscal”. Onde os governos privatizam e/ou federalizam suas estatais, congelam salários, parcelam os pagamentos, aumentam as alíquotas previdenciárias e o governo federal segura por até três anos a divida do estado com a União.
“O que nós não podemos perder, eu acredito que é o caminho, é buscar a adesão ao regime de recuperação fiscal, porque significa permanecer no Rio Grande do Sul, 11 bilhões e 300 milhões de reais em três anos, e que iriam para os cofres da União. Isso nós temos que fazer. Segundo, continuar fazendo as propostas de federalização ou privatização de empresas no Estado”, afirmou o governador em busca da reeleição.
Sartori sancionou a lei que autoriza o Rio Grande do Sul a aderir ao regime de arrocho em março, nele está prevista a venda de ativos, aumento da contribuição previdenciária dos servidores, de 11 para 14% e o congelamento de salários no próximo período.
Seu plano é privatizar 49% da estatal Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul), da CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica), da Sulgás (Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul) e da CRM (Companhia Riograndense de Mineração).
Contra essas medidas foram 3 meses de greve do magistrado, além de diversos setores do serviço público. Mesmo com a adesão ao arrocho fiscal os salários continuam parcelados, funcionários de estatais demitidos sem acordos coletivos.
O outro estado que aderiu firmemente ao regime de Temer é o Rio de Janeiro, que vive a pior crise de seu passado recente.