Ministério da Saúde perde R$ 1,8 bilhão, com mais um corte de R$ 1,7 bilhão para cumprimento da meta fiscal. Já o Ministério das Cidades conta com R$ 2,4 bilhões bloqueados, com o incremento de R$ 64 milhões
Os ministérios da Saúde e das Cidades foram as pastas mais afetadas pelo bloqueio de R$ 1,4 bilhões no Orçamento de 2025, anunciado pela equipe econômica do governo federal na última semana, mas detalhado em decreto, publicado na terça-feira (30) na edição extra do Diário Oficial da União. Com esse corte – que visa cumprir as metas do arcabouço fiscal – o bloqueio nas despesas discricionárias (verbas de custeio e investimento) dos ministérios subiu de R$ 10,7 bilhões para R$ 12,1 bilhões.
O bloqueio é composto por R$ 9,35 bilhões em despesas discricionárias livres e R$ 2,79 bilhões em emendas parlamentares impositivas.
Em valores totais, o Ministério da Saúde teve R$ 1,8 bilhão bloqueados, com o acréscimo de R$ 1,7 bilhão no 4º bimestre. Já o Ministério das Cidades conta com R$ 2,4 bilhões bloqueados, com o incremento de R$ 64 milhões. As demais pastas afetadas receberam bloqueios com valores inferiores a R$ 1 bilhão cada.
O Ministério da Educação segue preservado de cortes desde o 3º bimestre. Os bloqueios orçamentários podem ser desfeitos ou reduzidos em caso de melhoras das contas públicas no próximo bimestre.
Ao divulgar o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 4º bimestre, a equipe econômica afirmou que já esperava o recuo da arrecadação (queda de R$ 12 bilhões) no período, por conta da desaceleração econômica, que está sendo puxada pelos elevados juros do Banco Central (BC) – que joga para baixo a demanda por consumo de bens e serviços no país.