Mais dois ataques contra embarcações que os Estados Unidos acusam sem provas de serem associadas a grupos de narcotraficantes. O Secretário de Defesa de Trump, Pete Hegseth comemorou a nova chacina que matou três pessoas desconhecidas.
É o segundo ataque depois do de terça-feira, na parte oriental do Oceano Pacífico, que matou duas pessoas, também sem identificação. No total foram nove ataques a embarcações que os americanos alegam sem provas, de que eram embarcações que traficam drogas.
Esses dois últimos ataques foram os primeiros a acontecerem em águas do Oceano Pacífico e diferem dos últimos sete que estavam concentrados no Mar do Caribe. Desde o início da campanha de loucura de Trump no mês passado, o número de mortos chegam a 37.
“Hoje, sob a direção do presidente Trump, o Departamento de Guerra realizou mais um ataque cinético letal em uma embarcação operada por uma Organização Terrorista Designada”, postou Hegseth na rede social X.
“Esses ataques continuarão, dia após dia. Estes não são simplesmente traficantes de drogas – são narcoterroristas trazendo morte e destruição para nossas cidades”, postou Hegseth. Junto com a postagem, ele postou um vídeo de uma embarcação não identificada pegando fogo depois de ser atingida por uma bomba americana.
No vídeo, objetos aparecem flutuando no mar depois do primeiro ataque, quando uma segunda bomba americana os atingem, destruindo qualquer evidência que prove a inocência ou culpabilidade da tripulação.
Os americanos, como qualquer outro país que tem uma marinha, tem a capacidade para abordar essas embarcações sem causar o massacre de suas tripulações. No Brasil, é frequente as notícias na mídia de apreensões de drogas feitas pela Polícia Federal brasileira ou por militares brasileiros que causam muito menos morte e destruição do que os americanos estão causando no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico.
A forma que os americanos tem de “combater o narcotráfico” é simplesmente bombardear todo mundo incluindo qualquer evidência que prove a inocência das tripulações que eles condenam à morte.
Dois sobreviventes de um dos ataques contra embarcações na semana passada, um colombiano e outro equatoriano, foram resgatados pelos americanos, não foram presos, foram repatriados e agora o governo do Equador disse que a vítima, identificada como Andrés Fernando Tufiño, não há evidência de que cometeu qualquer crime. O colombiano segue hospitalizado.
O presidente americano, Donald Trump, comemorou a demência de sua política antidrogas, que ele tem toda a autoridade para fazer esses ataques e disse que vai ter que pedir autorização para o Congresso americano, controlado pelo seu partido, se ele quiser expandir os ataques para alvos em terra.
“Temos permissão para fazer isso, e se fizermos por terra, podemos voltar ao Congresso”, disse Trump a repórteres na quarta-feira. Ele também disse que seu governo está “totalmente preparado” para expandir suas operações por terra.
As provocações de Trump já foram rechaçadas pelos governos da Venezuela e da Colômbia. Em uma delas, o presidente colombiano, Gustavo Petro, denunciou que os ataques surgem como prepaativos de uma guerra de agressão na América Latina visando nenhum combate ao narcotráfico como dito pelo Pentágono, mas movidas pela ganância e vontade de usurpação das riquesas das nações da região, particularmente o petróleo dos países diante de cujas costas os EUA fundearam barcos de guerra.