A secretaria de Aviação Civil (SAC) do governo, subordinada ao Ministério da Infraestrutura, anunciou através do seu titular, Ronei Glanzmann, na segunda-feira (21), o fechamento da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) no governo Bolsonaro, com a efetivação da entrega dos aeroportos públicos a aplicadores privados.
Nesse horizonte, dois dos cinco mais importantes aeroportos brasileiros, em São Paulo o de Congonhas e no Rio de Janeiro o aeroporto de Santos Dumont, estarão incluídos no pacote de concessões. A nova diretoria da empresa, que estará à frente da campanhia no curso do processo, tomou posse na semana passada.
Segundo o novo chefe da SAC, é desejo do governo retirar 100% da sua presença do setor aeroportuário com o encerramento do processo de concessões até 2021 e que as participações de 49%, que a Infraero detém ainda em alguns aeroportos, como Confins e Guarulhos, também será repassada a grupos aplicadores interessados.
Os planos, retomando os leilões a partir da quinta rodada, preveem a arrecadação de R$ 8,8 bilhões pela alienação de 44 aeroportos ainda públicos.
O secretário disse ainda que “o assunto da extinção da Infraero e seus funcionários será conduzido pelo governo federal com a máxima responsabilidade e transparência. Estamos lidando com 10 mil famílias e ninguém vai ser louco de sair demitindo todo mundo a toque de caixa.”
Sobre os problemas apresentados por aeroportos concedidos nas gestões de Dilma e Temer que estão com dificuldades financeiras, como o de Viracopos em situação pré falimentar, Glanzmann falou que o governo é entusiasta das soluções de mercado, ou seja, que Viracopos seja vendido para um novo sócio em caso de falência. Nenhum comentário foi feito sobre os prejuízos que essas concessões mal sucedidas causaram ao Tesouro Nacional e muito menos sobre quem vai repará-las.