“Decidimos não tomar parte na ocupação e na opressão do povo palestino”, afirma a carta assinada por 63 israelenses concluintes do ensino médio que se recusam a participar do serviço militar no país.
A carta, endereçada na última semana do ano de 2017 ao primeiro-ministro, Biniamin Netaniahu, ao Chefe do Estado Maior, Gadi Eisenkot, e aos ministros da Defesa e da Educação acrescenta que “a ocupação ‘temporária’ já se arrasta por 50 anos e não vamos dar nossas mãos a ela”.
Os secundaristas destacam ainda que “o exército leva a cabo a política racista governamental, que viola os direitos humanos básicos e executa uma lei para os israelenses e outra para os palestinos no mesmo território”.
Os estudantes, que declaram sua intenção de percorrer o país em busca de mais adesões a sua iniciativa, protestam contra “o incitamento institucional intencional contra os palestinos dos dois lados da linha verde [a que separa o Estado de Israel dos territórios palestinos ocupados em 1967]”. Afirmam ainda que: “Nós aqui, jovens na idade de alistamento, de diversas partes do país, crescidos em diferentes condições socioeconômicas, nos recusamos a acreditar neste sistema de incitamento e a participar no braço armado da opressão e ocupação deste governo”.
“Nossa recusa em alistarmo-nos e a servir ao exército resulta de nossa obrigação para com a paz e a igualdade, com o conhecimento de que existe outra realidade que podemos criar juntos e conclamamos outros jovens de nossa idade a perguntarem a si próprios se o serviço militar trabalha na direção desta realidade”, conclui o documento.
Entre os que firmam este documento (que integra um histórico de recusas ao serviço militar por parte de israelenses desde o início dos anos 1970) está Matan Helman, de 20 anos de idade, já em prisão militar por sua recusa em se alistar.
NATHANIEL BRAIA
Tudo bem que esses jovens não queiram servir, mas depois não venham pedir ajuda ao exército se eles ou seus familiares precisarem de ajuda do próprio exército contra atos terroristas de palestinos.
Bem, o fato é que eles dispensam essa ajuda: derrubada de casas, prisões, deportações, torturas e assassinatos de palestinos. Você falou em terrorismo?