Policiais civis deflagraram nova operação contra milicianos que atuam na zona oeste do Rio de Janeiro, na quarta-feira (25). Pelo menos 18 pessoas foram presas por ligação com o grupo “Liga da Justiça”. Na operação também foram apreendidas 33 vans irregulares e toneladas de produtos contrabandeados foram confiscados.
A operação teve por objetivo desmembrar o braço financeiro da quadrilha. A Polícia Civil agiu nesta ação em parceria com órgãos públicos, como a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e do Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio, que controlam ou fiscalizam atividades paralelas nas quais o grupo criminoso está envolvido, como o transporte ilegal em vans, comércio de mercadorias falsificadas e venda e distribuição de gás e combustível.
Em entrevista coletiva na tarde de quarta-feira, o delegado Rivaldo Barbosa afirmou: “A operação de hoje foi destinada a uma área, o bairro de Santa Cruz, que por muito tempo está subjugado àquela organização criminosa. Dados da inteligência dão conta de que lá eles faturam aproximadamente 25 milhões de reais por mês. A gente tem a ideia da magnitude do poder nefasto daquela organização criminosa. São quase 300 milhões por ano”.
PRISÕES REVOGADAS
Na quarta feira, 25, o juiz Eduardo Marques Hablitschek, da 2ª Vara Criminal de Santa Cruz, revogou a prisão preventiva de 137 dos 159 presos durante uma festa realizada no dia 7 de abril em Santa Cruz, na zona oeste, acusados de integrar uma quadrilha de milicianos. De acordo com o Ministério Público do RJ, não existem provas que permitam o oferecimento de denúncia contra esses 137.
Após a decisão judicial os alvarás de soltura serão expedidos para a liberação dos presos.
Segundo a 20ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos, autora do pedido apresentado à 2ª Vara Criminal Regional de Santa Cruz, será oferecida denúncia contra 21 dos 159 presos. Por isso, há necessidade de manter a prisão preventiva desses.
os milicianos têm representantes na Câmara de Vereadores e na Alerj e não ficarão presos, e o povo que se dane.