O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu que a segurança presidencial será feita conjuntamente entre militares, policiais federais e outros agentes de segurança pública, todos sob o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
A informação foi confirmada na quinta-feira (28) pelos ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública.
A decisão saiu após reunião realizada no final da tarde na quarta-feira (27) que contou com a participação, além do presidente da República, dos ministros Rui Costa, Flávio Dino, Esther Dweck, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, e do general da reserva Marcos Antônio Amaro dos Santos, do GSI.
Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, a decisão foi harmônica e consensual, e o presidente decidiu por um modelo híbrido em que as forças de segurança irão trabalhar juntas. “A solução encontrada garante a materialização desse desejo do presidente, que é a integralização da formação da equipe como um time, de forma entrosada”, complementou Costa.
“A coordenação fica a cargo da coordenação do GSI de forma cooperada, participativa e integrada como um time com a participação da PF e, eventualmente, a desejo do presidente ou do vice, como hoje é feito, eventualmente convidar pessoas inclusive da Polícia Militar, eventualmente Polícia Civil, ou seja, todos aqueles que os protegidos entenderem como pertinentes a participar, participarão da segurança”, detalhou Costa.
A segurança do presidente e do vice-presidente era feita exclusivamente por militares, mas depois passou a ser realizada majoritariamente por policiais federais subordinados à Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou a extinção da secretaria e explicou: “Lembremos que ela foi criada para ser temporária, ela foi criada por conta de um fator político, e consideramos esse fator político superado”, disse.
“Todos estamos contemplados pela opção do presidente”, assinalou o ministro da Justiça. Para Flávio Dino, “o clima é bastante bom, vai dar certo, vai funcionar bem e estamos satisfeitos com o resultado. Ambas as instituições estão respeitadas em suas funções”, considerou.
O decreto que estabeleceu a criação da secretaria deixa de valer nesta sexta-feira (30). A partir desta data, o órgão, formado por policiais federais e outros agentes de segurança pública, será extinto. O novo modelo híbrido também será publicado na sexta.