
As lideranças do DEM, PSDB, Cidadania, PSL, MDB e PV anunciaram, na quarta-feira (9), que comporão um bloco nas eleições da Presidência da Câmara. O nome do sucessor de Rodrigo Maia (DEM-RJ) ainda não foi escolhido. Juntos, os partidos contam com 147 deputados.
Maia afirmou que “o nosso candidato terá compromisso com a agenda econômica e não com uma pauta armamentista, de costumes, de desrespeito ao meio ambiente, que dividirá a sociedade e atropelará as minorias”.
“Vamos continuar no caminho que começamos em 2016, defendendo a independência da Câmara e, principalmente, respeitando a sociedade brasileira representada no Parlamento”, continuou.
A disputa principal deverá ser contra o candidato Arthur Lira (PP-AL). Sua candidatura foi confirmada na quarta-feira e conta com o apoio de cinco partidos, que têm 135 deputados.
Para Maia, o governo Bolsonaro está “desesperado” para ganhar a Presidência da Câmara.
“O Governo está desesperado para desorganizar de vez a agenda do meio ambiente no País. O governo está de uma vez por todas interessado em flexibilizar a venda e a entrega de armas nesse País, entre outras agendas que desrespeitam a sociedade brasileira e as minorias”, disse.
“A gente sabe que o governo tem um candidato. A gente sabe que o governo vai jogar pesado para eleger seu candidato. A gente sabe que o governo vai rasgar seu próprio discurso para tentar derrotar o atual presidente da Câmara e o meu candidato”, sentenciou.
Em outra entrevista concedida ontem (9), o presidente da Câmara a quantidade de promessas não cumpridas pela equipe econômica. Disse ele com todas as letras: “Acho que não tem agenda. Não tem agenda para a vacina [contra a Covid-19]. Não tem agenda para os mais pobres. Não tem agenda para recuperação econômica, para a geração de empregos. Você consegue fazer um livro com três volumes das promessas que a equipe econômica fez e não colocou nenhuma de pé até hoje”.