O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), Milton Cavalo, e o presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados do Brasil (Sinab), Avelino (Chinelo) culparam os aumentos do Copom pela elevação do teto de juros do consignado para aposentados e pensionistas.
O novo limite de juros de 1,8% ao mês para essas operações foi aprovado pelo CNPS (Conselho Nacional da Previdência Social) na quinta-feira (8).
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De acordo com Milton Cavalo, “não se pode manter juros que coloquem em risco a oferta de crédito consignado no mercado”, mas, segundo ele, “se o CNPS entendeu que era necessário o aumento agora, então fez o que devia”.
Já o presidente do Sinab, Avelino Chinelo disse que aumentar a taxa não é o que o sindicato queria, mas o acordo “foi o possível”, tendo em vista que a taxa Selic foi corrigida 3 vezes em curto espaço de tempo. “Fomos pressionados pelos banqueiros para chegar a 1,99%, mas reagimos e mantivemos 1,8%”, disse Avelino.
As altas recentes na Taxa Selic (juros básicos da economia) foram a justificativa do CNPS para o aumento. Em dezembro, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central elevou os juros básicos de 11,25% para 12,25% ao ano.
Por causa das altas taxas de juros, os principais bancos pararam de conceder crédito consignado, sob a alegação da inviabilidade das operações com o teto atual.
O novo teto é 0,14 ponto percentual maior que o limite atual, de 1,66% ao mês, que vigorava desde abril. O teto dos juros para o cartão de crédito consignado foi mantido em 2,46% ao mês.