
Em fevereiro de 2025, a Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi) do Brasil alcançou R$ 7,178 trilhões, sendo uma alta de 0,23% em relação a janeiro deste ano (6,951 trilhões), segundo números divulgados pelo Tesouro Nacional, na sexta-feira (28).
O crescimento foi impulsionado pela emissão líquida, no valor de R$ 155,95 bilhões, e pela apropriação de R$ 70,85 bilhões em juros.
A DPMFi corresponde a 95,80% da composição da Dívida Pública Federal (DPF), que na passagem de janeiro para fevereiro subiu de R$ 7,253 trilhões para R$ 7,492 trilhões, alta de 3,3% de um mês para o outro. A DPF também inclui a dívida externa, que subiu no mês 4,15%, somando R$ 314,34 bilhões ao fim de fevereiro.
Amarrado às ideias econômicas neoliberais, o Brasil é proibido de se endividar para aumentar os investimentos sociais e em infraestrutura, mas pode para pagar juros da dívida. A alta taxa de juros básica da economia (Selic) do Banco Central, hoje em 14,25% ao ano, está desestimulando os investimentos de atividades produtivas para alavancar as aplicações financeiras.
No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 145,39 bilhões em títulos da DPMFi, o maior volume mensal desde o início da série histórica, em novembro de 2006. Já os resgates somaram R$ 33,976 bilhões.
O chamado “colchão da dívida pública” subiu de R$ 744 bilhões em janeiro para R$ 889 bilhões no mês passado. O colchão de liquidez é uma reserva criada para o pagamento dos compromissos financeiros do governo.
DETENTORES
Os bancos seguem como principais detentores da DPMFi, com 29,83% de participação no estoque. Os fundos de pensão (Previdência), com 24,08%, e os fundos de investimentos, com 22,28%, aparecem em seguida.

A participação dos estrangeiros no estoque da DPMFi caiu de 9,9% em janeiro para 9,7% em fevereiro, mas “destaca-se que os Não-residentes possuem 80,01% de sua carteira em títulos prefixados, enquanto a carteira do grupo Previdência é composta de 53,70% de títulos vinculados a índices de preços”, diz trecho do relatório.