Em agosto, a queda nas vendas (para 82%) foi apontada como o principal fator para o aumento das empresas no prejuízo em relação a julho, além da redução do número de clientes (67%), dívidas (43%) e custo dos insumos (36%), segundo pesquisa da Abrasel
O número de bares e restaurantes operando no vermelho aumentou em agosto, revelando um “cenário desafiador para o setor” na análise da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), entidade responsável pela pesquisa.
Segundo o levantamento, divulgado no último dia 12 de outubro, 24% das empresas pesquisadas relataram operar no negativo ou sem lucro no mês de agosto – um aumento de 5% em relação a julho.
Das empresas consultadas, 34% disseram que mantiveram o equilíbrio entre lucro e despesa, e outras 41% afirmaram que obtiveram lucro ante o mês anterior.
Entre os que tiveram problemas em agosto, a principal razão apontada foi a queda nas vendas (para 82%) – sintoma da queda do poder de compra dos consumidores e aumento do endividamento.
A redução do número de clientes (67%), dívidas (43%) e custo dos insumos (36%) foram as outras causas apontadas por bares e restaurantes que tiveram prejuízo.
Entre as empresas que se encontram em uma situação de prejuízo, os Microempreendedores Individuais são maioria, com 34%. Microempresas são 33%. Entre as empresas maiores, com faturamento maior que R$ 4,8 milhões ao ano, apenas 8% disseram ter operado no vermelho.
“Apesar do Dia dos Pais, as empresas do setor tiveram um agosto mais duro. Isso dificulta recompor as perdas que tivemos, mesmo que a inflação dos insumos esteja mais controlada nos últimos meses. Quem sofre mais são as empresas mais novas, que ainda estão investindo e aprendendo a controlar os custos, e as empresas menores que têm mais dificuldade com o fluxo de caixa”, explica Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.
“Com os desafios persistentes, é fundamental que o setor e as autoridades colaborem para encontrar soluções que possam ajudar a sustentar e revitalizar essa parte vital da economia local”, completa a entidade em nota.
Os dados foram coletados entre 28 de setembro e 6 de outubro, e baseados nas respostas de 1.979 estabelecimentos