O Brasil, que é o maior exportador de carne bovina no mundo, poderá importar carne, disse a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, na segunda-feira (25/11), durante a inauguração de uma indústria e refinaria de óleo de soja em Dourados, no Mato Grosso do Sul. Segundo ela, “para dar um equilíbrio ao mercado”.
Nos últimos dias, os preços da carne dispararam em todo país, por conta da política antinacional do governo Bolsonaro de favorecimento do mercado externo às custas do mercado interno.
Segundo dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), a exportação de carne brasileira cresceu aproximadamente 27% entre setembro e outubro deste ano, passando de 145 para 185 mil toneladas.
No mesmo período do ano passado, o Brasil exportou 161 mil toneladas – 14% a menos que o quantitativo para 2019. Já em relação à quantidade exportada em janeiro deste ano, de 123 mil toneladas, o crescimento até outubro foi de mais de 50%.
Com o descaso do governo Bolsonaro em garantir o abastecimento do mercado interno com estoques reguladores e sem regular a exportação, em novembro a carne bovina teve alta de 5,26% – dez vezes mais do que em outubro – segundo o Índice de Preços ao Produtor Amplo, da FGV.
“… a carne vai continuar subindo e vai impor um desafio para a dona de casa. Quando a carne bovina sobe, outras carnes também sobem, ainda que não houvesse razão para isso, elas sobem pela questão da substituição [do produto]”, disse André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas.
O gerente de exportação de frigorífico, Rodrigo Coelho, diz que a elevação dos preços também está relacionada à especulação. Em São Paulo, o preço do quilo da carne atingiu a máxima histórica de R$ 15,79 na segunda-feira (25).
“O movimento especulativo que os produtores, na expectativa de que o preço aumente, acabam segurando um pouco mais esse gado, demorando um pouco mais para enviar esse animal para o abate”, declarou Coelho.
A única justificativa do governo para propor a importação de carnes é de manter os preços desses insumos nas alturas e privilegiar o mercado especulativo. Na concepção bolsonarista, o mercado externo deve ter prioridade em relação ao mercado interno. É a volta aos tempos da República Velha – período em que o Brasil dependia de mercados externos para sobreviver.
Tem razão agora os brasileiros tem q comer ovo pq pagar 40,00 no kilo da carne com o salário mínimo de 998,00 .
Parabéns para o Bozo .